Fazia tempo que o agricultor Daniel Delfini não via a soja em um estágio tão bom no início de janeiro quanto em 2023. Ele tem 310 hectares de área plantada na região de Londrina e está esperançoso com a colheita deste ano.

Na fazenda dele, a plantação foi adiada em duas semanas para que o solo chegasse à situação ideal para receber a semente.

A chuva que atrasou o plantio da soja, no fim de outubro, chegou na medida certa, depois que o grão foi semeado. As condições climáticas favoreceram o crescimento das plantas na região norte, onde a expectativa é de recorde de produção na safra 2022/2023.

Mas essa não é uma realidade para todo o estado. Segundo Marcelo Garrido, diretor do Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral), há regiões que podem ter queda na produtividade.

No somatório de toda a safra paranaense, o resultado pode ficar dentro do esperado.

Em todo o Paraná, a área plantada na safra atual alcançou 5,7 milhões de hectares.

A expectativa é colher 21,5 milhões de toneladas de soja, alta de 64% na comparação com a safra passada e, possivelmente, segundo o Deral, próximo do limite de produção do estado.

Por isso, há a reutilização do solo após a colheita da soja. Daniel já pensa na safra de milho que vai tomar conta desse espaço a partir de março.