“Biodiesel representa mais industrialização, saúde e alimento barato”
sexta-feira, março 05, 2021
O uso do biodiesel como substituto do combustível fóssil é uma solução para reduzir a dependência da importação do diesel e para fomentar a industrialização nacional, defendeu o diretor da Ubrabio Donizete Tokarski, convidado desta sexta-feira (5) do programa C.B. Agro, do jornal Correio Braziliense.
“O biodiesel é um substituo do diesel fóssil. Nós podemos colocar nos veículos no mínimo 30% de biodiesel sem alteração da potência do motor, sem alteração do consumo e com outras vantagens. Quais são as outras vantagens? A vantagem de que é um produto nacional, é um produto que agrega valor e que hoje é produzido por 14 estados da federação em todas as regiões do Brasil”, destacou Donizete.
O diretor da Ubrabio explicou que a produção do biodiesel se insere em diferentes cadeias. Desde óleos vegetais, como óleo de caroço de algodão e de dendê, com especial destaque para a soja, até óleos residuais e gordura animal, cujo descarte inadequado gerava um passivo ambiental. “Hoje cerca de 20% do biodiesel que é produzido no Brasil é de gorduras animais”, afirmou Donizete.
Importações
“O brasil importa 20% do diesel que consome. Ou seja, nós ainda somos um grande importador de diesel. Para cada litro de biodiesel que nós produzimos no país, a gente deixa de importar 1 litro de diesel fóssil. Só que esse biodiesel tem uma série de vantagens econômicas, sociais e ambientais”, argumentou o diretor da Ubrabio.
Ele destacou ainda que, comparado ao diesel fóssil, o biodiesel reduz em mais de 70% as emissões de gases de efeito estufa. “Além disso, ele reduz também material particulado, que são as partículas mínimas de poluição que estão dispersas no ambiente”, disse Donizete, que citou o estudo Empresa de Pesquisa Energética (EPE) sobre o impacto do uso dos biocombustíveis na saúde humana na Região Metropolitana de São Paulo. O estudo divulgado no mês passado concluiu que, “no ano de 2018, a adição de 10% de biodiesel evitou 6,8% das emissões provenientes do setor de transportes na Região Metropolitana de São Paulo e contribuiu com o acréscimo de nove dias na expectativa de vida da população, além de reduzir 244 óbitos anualmente”.
Confira aqui a íntegra da entrevista
Fonte: UBRABIO
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