Amazônia e Cerrado receberão R$ 2 milhões para projetos da bioeconomia
quinta-feira, dezembro 03, 2020
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio da Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo, anunciou uma nova parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para promover a estruturação, o fortalecimento e o aprimoramento das cadeias produtivas do açaí, cupuaçu, castanha-do-Brasil, piaçava, mandioca, mel de abelhas nativas, baunilhas brasileiras e sistemas agroflorestais biodiversos nos biomas Amazônia e Cerrado. Além disso, por meio do desenvolvimento de inovações, a iniciativa buscará potencializar o acesso dessas cadeias aos mercados. Mais de R$ 2 milhões foram assegurados pelo Mapa para a execução das atividades que integram o programa federal Bioeconomia Brasil - Sociobiodiversidade.
De acordo com o cronograma de ações da parceria, entre novembro de 2020 e dezembro de 2022 serão feitas pesquisas e estudos referentes às cadeias atendidas, além de oficinas, seminários, encontros para intercâmbio de experiências, dias de campo sobre tecnologia de produção e atividades voltadas para a instalação de Unidades de Referência Tecnológica (URTs), construção de viveiros de mudas, desenvolvimento de softwares, elaboração de vídeos e cartilhas de boas práticas.
Os projetos atuarão para aprimorar as práticas desempenhadas nos sistemas e cadeias produtivas da sociobiodiversidade e extrativistas, na geração e no aprimoramento de negócios sustentáveis e também na viabilização a adequação às legislações e normas sanitárias vigentes.
“A bioeconomia é um tema extremamente importante, pois faz o país avançar no desenvolvimento da agricultura lado a lado com a sustentabilidade. Ao mesmo tempo que os recursos naturais são aproveitados de forma sustentável, possibilitando que os agricultores e pessoas que vivem desses recursos da natureza ganhem o seu sustento, o meio ambiente é preservado. É a profissionalização das cadeias do extrativismo, beneficiando agricultores familiares, ribeirinhos e povos tradicionais”, destaca o secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo, Fernando Schwanke.
Quatro metas principais
A parceria entre Mapa e Embrapa possui quatro metas principais. A primeira é apoiar a estruturação de empreendimentos da agricultura familiar inseridos em cadeias produtivas da sociobiodiversidade. Para isso, serão promovidas atividades com a finalidade de facilitar o acesso dos extrativistas e agricultores familiares aos conhecimentos e tecnologias desenvolvidos pela Embrapa, por meio de ações variadas como capacitações, instalação de Unidades de Aprendizagem (UA) e eventos.
Outra meta é a promoção de pesquisas para subsidiar essas ações de fortalecimento e estruturação. Assim, serão feitos estudos referentes às cadeias produtivas atendidas nos projetos, resultando na elaboração de laudos técnicos, relatórios, publicações, cartilhas, manuais, documentos orientadores, protocolos e mapas, como também na formação de bancos de dados e de germoplasma.
A inovação é o foco da terceira meta dessa iniciativa. Por isso, serão executadas atividades voltadas para a busca de soluções tecnológicas para as cadeias do extrativismo e da sociobiodiversidade visando a estruturação de algumas cadeias, buscando aprimorar o sistema produtivo e o acesso aos mercados.
A quarta meta traçada envolve o monitoramento e a gestão administrativa financeira dos projetos, que serão desempenhados pela área de Inclusão Tecnológica da Secretaria de Inovação e Negócios da Embrapa.
Bioeconomia Brasil
O programa Bioeconomia Brasil – Sociobiodiversidade, lançado no ano passado pelo Mapa e instituído pela Portaria nº 121/2019, tem por objetivo geral ampliar a participação dos pequenos agricultores, agricultores familiares, povos e comunidades tradicionais e os respectivos empreendimentos nos arranjos produtivos e econômicos que envolvam o conceito da bioeconomia.
O programa promove a articulação de parcerias, visando a promoção e estruturação de sistemas produtivos baseados no uso sustentável dos recursos da sociobiodiversidade e do extrativismo, além da produção e utilização de energia a partir de fontes renováveis, sempre com o foco na geração de renda e melhoria da qualidade de vida dos participantes.
Fonte: Governo do Brasil
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