Bioeconomia pode ser solução para a reindustrialização do Brasil
quinta-feira, abril 13, 2023
Com muitos recursos e grande potencial de desenvolvimento, país tem alternativas energéticas sustentáveis que trazem diversos benefícios
Dona de alternativas energéticas que podem impulsionar a reindustrialização do mundo, a bioeconomia é o ramo da ciência que estuda recursos naturais e sistemas biológicos aliados à implementação de tecnologia sustentável para diferentes produtos, serviços e atividades. No Brasil, ela tem grande potencial de crescimento e abrange diversos avanços.
Em outras palavras, este segmento se utiliza de base científica concreta para atingir objetivos comerciais da indústria que melhorem a qualidade de vida humana, sem esquecer de preservar o meio ambiente. Ele é atuante na produção de alimentos, vacinas, biocombustíveis, cosméticos, enzimas industriais e até novas variedades de vegetais.
Segundo um estudo feito pela Associação Brasileira de Bioinovação (ABBI), em parceria com a Embrapa Agroenergia e outros laboratórios de pesquisa, a bioeconomia pode gerar um faturamento industrial de 284 bilhões de dólares no país até 2050. Além disso, a nível global, os investimentos nessa área geram cerca de 22 milhões de empregos, de acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
As principais frentes de atuação desse tipo de solução envolvem as políticas públicas para a redução de emissões de gases do efeito estufa (GEE), a consolidação da biomassa como fonte de energia na economia e a fortificação das tecnologias sustentáveis, oferecendo alternativas de baixa emissão de carbono, por meio da biodiversidade e da agricultura.
Diante dessas propostas, são reunidos conceitos de biotecnologia, bioinformática e química de renováveis, que visam criar produtos com menor impacto para a natureza e uma melhor relação entre a economia e o meio ambiente, conforme o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, do Governo Federal, e o Instituto Senai de Inovação.
Muitos produtos podem ser criados nessa linha, entre eles a energia limpa, que exclui qualquer forma de poluição, sobretudo pelo gás carbônico, vilão das mudanças climáticas, plásticos biodegradáveis, os derivados de fontes renováveis de biomassa, como óleos e gorduras vegetais, e os alimentos funcionais, compostos por bioativos que promovem a saúde e previnem o surgimento de doenças.
Grande potencial
Os benefícios da bioeconomia integram soluções que vão na direção da sustentabilidade, com destaque para o combate ao aquecimento global, a partir da mitigação de gases poluentes, da agregação de valor para os pequenos agricultores, da preservação da fauna e da flora, do melhor reaproveitamento de resíduos, diminuindo a quantidade de lixo, e do aumento da segurança alimentar.
O Brasil, que é uma verdadeira potência na produção de commodities agropecuárias e está no centro das discussões globais sobre meio ambiente, clima e sustentabilidade, tem um forte potencial de desenvolvimento da bioeconomia de alta tecnologia.
Há espaço para produtos de maior valor agregado de origem natural e sustentável, além de profissões importantes, como de analista administrativo ambiental e bioengenheiro, por exemplo, que podem abrir caminho para a reindustrialização do país no futuro.
Nesse sentido, já em andamento, o programa Cadeias Produtivas da Bioeconomia, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, possui três projetos-piloto. Dois deles situados na Amazônia, baseados em estudos com açaí, cupuaçu e pirarucu, e um na Bahia, no qual o objeto de pesquisa é a amêndoa do licuri, um fruto típico da Caatinga.
Fonte: Portal Dedução
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