Brasil vai enviar dinheiro para combater peste suína africana no exterior
sexta-feira, novembro 12, 2021
A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, anunciou nesta quinta-feira (11) a destinação de até US$ 500 mil para ações de combate à peste suína africana (PSA) na República Dominicana e no Haiti, países onde a doença já foi detectada.
Os recursos são do Programa de Parceria entre o Brasil e o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) para Promoção da Cooperação Técnica Sul-Sul Trilateral, gerenciada pela Agência Brasileira de Cooperação.
A ideia é desenvolver capacidades locais, incluindo ferramentas de avaliação de risco e análise laboratorial, que permitam confirmar casos suspeitos e auxiliar atividades de vigilância, além do desenvolvimento de programas educacionais para aumentar a conscientização sobre a doença e melhorar o acesso aos serviços de saúde animal, em especial em países com grande número de criadores de suínos em pequena escala.
“Diante da ameaça da Peste Suína Africana, é absolutamente essencial que todas as agências internacionais e governos nacionais trabalhem de forma coordenada. Se cada um agir por iniciativa própria, enfraqueceremos a eficácia das ações de todos, e os perdedores serão os produtores dos países afetados”, disse Tereza Cristina, ao participar, por videoconferência, de Reunião Interamericana sobre PSA. O diretor-geral do IICA, Manoel Otero, também participou do evento, além de representantes de outros países das Américas.
A ministra, que preside a Junta Interamericana de Agricultura, ressaltou a importância da cooperação para evitar a propagação da doença, e disse que o apoio das autoridades veterinárias nacionais e internacionais é essencial. Segundo ela, a implementação de programas de monitoramento em áreas endêmicas ou epidêmicas, com ferramentas de detecção rápida, permitirão diagnóstico oportuno e controle da disseminação.
A PSA é uma doença viral que não oferece risco à saúde humana, mas pode dizimar criações de suínos, pois é altamente transmissível. No Brasil, o último foco da doença foi registrado em 1981 e o país foi declarado livre da enfermidade em 5 de dezembro de 1984.
Fonte: Canal Rural
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