Indústria de óleo de palma quer neutralidade de carbono
terça-feira, agosto 10, 2021
Frequentemente, o óleo de palma está associado ao desmatamento e a emissões significativas de gases de efeito estufa. No entanto, seus principais países produtores - Indonésia e Malásia - estão promovendo ativamente a produção sustentável de óleo de palma e traçando um roteiro para fazer a transição para a neutralidade de carbono.
À medida que a população mundial se expande para atingir quase 10 bilhões de pessoas em 2050, com crescimento populacional significativo em países menos desenvolvidos, a quantidade de terra arável por pessoa diminui proporcionalmente, com um declínio projetado de 0,38 hectares em 1970 para 0,15 hectares por pessoa em 2050. Ao mesmo tempo, o consumo mundial de óleos vegetais mais que dobrou nas últimas duas décadas, passando de 87 milhões de toneladas em 2000/2001 para 208 milhões de toneladas em 2020/2021, segundo informações do portal bioeconomia.info.
O óleo de palma tem uma grande vantagem. Ele está no topo da lista de safras de sementes oleaginosas em rendimento. Com apenas 6% de toda a terra cultivada com sementes oleaginosas, ela produz mais de um terço do volume total de óleos vegetais.
O governo da Indonésia emitiu uma medida que impede o corte de florestas para atividades como o plantio de novas palmeiras, fazendo com que o desmatamento atinja um nível recorde em 2020. Dessa forma, o governo garante que está cumprindo o compromisso assumido na Cúpula da Terra do Rio de Janeiro em 1992 organizado pelas Nações Unidas.
O outro grande produtor, a Malásia, disse que limitará o cultivo de óleo de palma a 6,5 milhões de hectares e está empenhada em manter uma cobertura florestal natural de mais de 50% da área total. Atualmente, a cobertura florestal da Malásia é de 55,3%, com uma área de 18,27 milhões de hectares.
Fonte: Portal Agrolink
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