Siemens Energy inaugura planta de hidrogênio verde no Oriente Médio
segunda-feira, maio 24, 2021
A Siemens Energy inaugurou esta semana a primeira instalação de hidrogênio verde movida a energia solar em escala industrial no Oriente Médio. Localizada em Dubai, Emirados Árabes, o projeto ainda em fase de teste produzirá cerca de 20,5 kg / h de hidrogênio a 1,25 MW de potência de pico.
A planta, feita em colaboração com a Autoridade de Eletricidade e Água de Dubai (Dewa) e a Expo 2020 Dubai, está integrada ao parque solar Mohammed bin Rashid Al Maktoum, que terá capacidade de 5 mil megawatts de energia fotovoltaica até 2030.
“Este projeto destaca a importância da parceria na promoção de novas soluções inovadoras de energia limpa e no enfrentamento da ameaça existencial da mudança climática global”, disse Christian Bruch, CEO da Siemens Energy.
Para a ministra de estado para Cooperação Internacional, Reem Ebrahim Al-Hashim, a iniciativa simboliza o desejo de desenvolver uma cultura global de inovação em torno da sustentabilidade.
“O projeto de hidrogênio verde está liderando pelo exemplo, mostrando como a tecnologia e a colaboração podem ajudar a construir um futuro mais limpo, seguro e saudável para todos”, disse ela.
Oriente Médio tenta limpar histórico fóssil
O projeto pioneiro serve como um marco importante da indústria de energia sustentável na região, que busca se reposicionar para manter o protagonismo na oferta de energia, hoje baseada na produção e exportação de óleo.
“Estamos vendo muita atenção para o hidrogênio verde e suas aplicações em todo o Oriente Médio “, ressaltou Dietmar Siersdorfer, diretor administrativo da Siemens Energy Middle East.
Para Francesco La Camera, diretor da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), “o Oriente Médio tem uma grande oportunidade de maximizar seus recursos de energia renovável e tornar-se um ator central e potencialmente exportador de energia renovável e combustíveis no futuro”, disse à Agência de Notícias dos Emirados.
Segundo ele, essa expansão será impulsionada principalmente pelo plano do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de zerar as emissões líquidas do país até 2050.
“É provável que as questões climáticas e de transição energética se tornem áreas cada vez mais importantes para a cooperação e diplomacia entre os EUA e os países da região do Golfo(…) muitos países da região têm uma visão positiva das oportunidades econômicas apresentadas pela transição energética e estão fazendo movimentos muito positivos para competir por uma parte desse futuro”, observou La Camera.
Entre as empresas de energia renovável que mais crescem na região está a Masdar, com sede nos Emirados Árabes. O CEO Mohamed Jameel Al Ramahi conta que a companhia mais que duplicou a capacidade de energia renovável nos últimos dois anos.
“Temos mais do que duplicado a capacidade de nosso portfólio de energia renovável somente nos últimos dois anos, investindo ou nos comprometendo a investir em projetos com um valor combinado de US$ 20 bilhões e uma capacidade de geração próxima a 11 gigawatts (GW) com vários parceiros comerciais”, explicou ele.
Fonte: EPBR
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