Agricultor precisa de mais incentivo para aderir às práticas de sustentabilidade
sexta-feira, maio 14, 2021
Referência em estudos de mudanças climáticas, a pesquisadora Mercedes Bustamante destacou que o aquecimento global e as mudanças climáticas influenciam na sociedade e na economia de maneira superlativa. E citou soluções para a redução dos problemas enfrentados hoje no país e no mundo. “Para o Brasil dar a sua contribuição global para o controle do aquecimento e do desmatamento, é preciso resgatar as políticas públicas e gerar mais incentivos para adesão de agricultores às práticas de sustentabilidade”.
A pesquisadora da Universidade de Brasília (UNB), que é integrante da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos (NAS), foi a entrevistada da edição desta sexta-feira (14/5) do CB.Agro, programa do Correio Braziliense em parceria com a TV Brasília.
Durante a entrevista, ela relembrou a importância de se continuar rumo a uma agricultura produtiva e sustentável. “Nosso país é uma potência na agricultura tropical e já mostrou, em um passado recente, que era capaz de controlar um desmatamento. Em 2012 e 2013, nós tivemos uma redução acentuada do desmatamento. A partir de 2014, essa curva voltou a subir. Então, isso é muito importante e já mostramos que pode ser possível e viável, também sem perder a produtividade na agricultura”, afirmou.
Bustamante destacou que, em março deste ano, o país registrou recorde de desmatamento na Amazônia Legal, com 376,61 km² devastados. Os dados são da plataforma Terra Brasilis, desenvolvida pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que reúne pesquisas e monitora a área da Amazônia Legal desde 2015.
A pesquisadora reforçou, então, a importância no cuidado e preservação do meio ambiente. “É importante citar que essa questão do controle do desmatamento, que ela favorece, em primeiro lugar, o Brasil e a população. O pais é o primeiro a ganhar com a preservação do meio ambiente e dos biomas, como o Cerrado, a Amazônia e a caatinga, porque nós dependemos deles para a nossa qualidade de vida e da conservação desses sistemas. A questão internacional é importante de pensar, mas antes, nós seremos os primeiros beneficiados”.
Por: Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro
Fonte: Correio Braziliense
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