Ideflor-Bio investe na produção de mudas para recuperar propriedades rurais
terça-feira, setembro 22, 2020
O Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado (Ideflor-Bio) já instalou mais de 200 viveiros para a produção de mudas de espécies de culturas anuais, frutíferas e essências florestais, em propriedades de agricultura familiar. Integrantes do Prosaf, projeto do instituto que usa sistemas agroflorestais para recuperar áreas alteradas, as ações também são desenvolvidas no Programa Territórios Sustentáveis (TS), dentro da estratégia Amazônia Agora, do Governo do Pará.
O Prosaf é um instrumento elaborado no Ideflor-Bio para romper com o paradigma “derruba-queima-planta”, presente nas rotinas de pequenos produtores e que, além de impactar na floresta, também ocasiona a degradação do solo, implicando na perda da capacidade produtiva e consequente abandono, diante do efeito de repetição.
“O Prosaf é um projeto de promoção de recomposição florestal produtiva de áreas alteradas em propriedades de agricultores familiares, por meio do plantio de sistemas agroflorestais”, explica o diretor de Desenvolvimento da Cadeia Florestal do Ideflor-Bio, Kleber Perotes.
O Ideflor-Bio oferece alternativas tecnológicas para além do terçado, motosserra e fósforo ao produtores, as quais oportunizam o plantio para o consumo próprio da comunidade e comercialização do excedente. O modelo ainda contribui para o reflorestamento, priorizando espécies que constam na lista da flora amazônica ameaçada extinção, como o acapu, o mogno e a castanha-do-Pará.
O diretor de Desenvolvimento da Cadeia Florestal do Ideflor-Bio, Kleber Perotes, explica que o Prosaf faz a recomposição florestal produtiva de áreas alteradas
Plantio - Para a implantação dos sistemas, as equipes do Ideflor-Bio apresentam o projeto e, depois, visitam as propriedades, para fazer um diagnóstico com base no autoconsumo e no potencial de mercado para venda do excedente. O Prosaf qualifica as comunidades, prepara até um hectare por propriedade e instala viveiros para a produção de mudas.
“Discutimos coletivamente com o produtor. Aquele que plantava só mandioca passa a experimentar outro sistema, como cacau, açaí, milho, feijão e melancia. A proposta é diversificar a base produtiva em uma mesma área para oportunizar a distribuição de renda ao longo do ano com colheitas diferentes”, acrescenta Kleber Perotes.
Dessa forma, garantem-se a soberania e a segurança alimentar. “Quanto mais complexo for o arranjo, mais trabalho o produtor vai ter. Imaginamos ciclos de até 20 anos. É importante dispor de determinadas espécies de culturas anuais por cerca de três anos até as culturas permanentes crescerem e ocuparem os espaços, como açaí, cacau. Tenho o componente agrícola, frutífero e o florestal”, complementa.
Fonte: Agência Pará
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