Mercado de capitais começa a valorizar economia limpa
segunda-feira, junho 22, 2020
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O financiamento da retomada da economia dentro de novos padrões ambientais e sociais tem sido ponto de preocupação para quem acredita na crise da covid-19 como divisor de águas na rota de um mundo diferente.
O senso de urgência esbarra no endividamento público e no choque ao caixa das empresas, desligadas da tomada.
Mas, na visão de Annelise Vendramini, pesquisadora do Centro de Estudos em Sustentabilidade, da Fundação Getulio Vargas (FGV), um fator sinaliza o envolvimento da sociedade no desafio: “a tendência de maior participação de pessoas físicas no mercado de ações, com potencial de carregar junto a pauta socioambiental expressa nas decisões sobre os papéis a comprar”.
Em julho de 2019, existiam 1 milhão de CPFs com negócios em renda variável, quantidade que dobrou para 2 milhões em abril de 2020, antes da pandemia, segundo dados da empresa B3.
“São investidores de perfil mais jovem e paciente, que priorizam a boa gestão — inclusive a sustentabilidade — como entrega de valor econômico de longo prazo às empresas”, analisa Vendramini, ao lembrar que “o dinheiro tende a ser muito eloquente”.
Fonte: Valor Investe
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