Petrobras confirma hibernação de 62 plataformas em campos de águas rasas
segunda-feira, abril 20, 2020
A Petrobras começou a hibernação de 62 plataformas em campos de águas rasas das bacias de Campos, Sergipe, Potiguar (Rio Grande do Norte) e Ceará, que produzem 23 mil barris de petróleo por dia e fazem parte do plano de redução da produção, anunciado em março.
“Essas plataformas não apresentam condições econômicas para operar com preços baixos de petróleo e são ativos em processos de venda”, informou.
Em março, a companhia anunciou que vai reduzir sua produção em 200 mil barris/dia, em resposta à crise que derruba a demanda por petróleo. Estimativa da Agência Internacional de Energia é que, em abril, a demanda cairá 29 mil barris/dia, o que corresponde a cerca de 30% da demanda global por óleo.
A Petrobras não detalha os impactos da hibernação por campos, nem sequer por bacias e os dados de produção da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP) tem uma defasagem de dois meses – estão disponíveis os dados de fevereiro. Assim, ainda não é possível precisar o impacto da redução das atividades nos estados.
Durante webinar da FGV Energia, na última quarta (15), o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, negou que a companhia tenha intenção de demitir trabalhadores de unidades desativadas, ao contrário do que diz ter visto “nas redes sociais”.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) estima que a paralisações das plataformas afeta 360 trabalhadores, “mas esse número pode chegar a 10 mil”. De acordo com a FUP, estimativa é que este número de plataformas desativadas cresça, já que a companhia anunciou a redução da produção para 2,1 milhões barris por dia de petróleo, para abril.
“Todos [os funcionários] serão realocados para outras unidades organizacionais da Petrobras. Caso haja interesse, outra opção é a adesão ao plano de desligamento voluntário (PDV), conforme prevê o plano de pessoal para gestão de portfólio”, informou a empresa, em nota.
Dessas 62 plataformas, 80% não são habitadas, são operadas remotamente. “Os empregados que atuam nas demais unidades habitadas não serão demitidos. Todos serão realocados para outras unidades”, reforçou a companhia.
Fonte: EPBR
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