Estamos diariamente ouvindo alertas sobre as grandes mudanças que virão pela frente no âmbito das tecnologias de produção agrícola. São as tais tecnologias digitais e as biotecnologias, capazes de mudar a capacidade de produzir com mais eficiência e menor esforço. Como haverá carro sem motorista, também haverá trator sem tratorista, mas que não dispensa um humano no manejo da tecnologia e este indivíduo não pode ser qualquer um.
O agro do futuro precisa de pessoas capacitadas para exercer estas novas tarefas, que demandam pouco esforço físico mas muita capacidade intelectual.
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Além da capacidade de gerenciar as novas tecnologias que envolvem diretamente a produção dentro da porteira, o produtor moderno precisa, também, familiarizar-se com atividades de gestão fora da propriedade agrícola, mas que fazem parte do seu negócio, como a busca pela melhor estratégia de comercialização da safra, ou como reduzir os custos na compra das máquinas, implementos e insumos de produção, buscando alternativas de lucro fora da produção física da propriedade.
A boa gestão de uma propriedade rural implica não apenas gerir os processos produtivos da lavoura, mas, também, administrar os recursos humanos, físicos e financeiros do empreendimento, que pode resultar em mais dividendos financeiros para o produtor do que uma boa colheita. É inegável que o agricultor moderno é muito diferente do modelo “Jeca Tatu” estigmatizado por Monteiro Lobato no século passado. O espetacular desenvolvimento do setor agrícola a partir da década de 1970 deu-se, não apenas na qualidade da tecnologia utilizada nos processos produtivos, mas, também, na melhoria dos modelos de gestão utilizados.
O desafio do agricultor moderno é produzir mais com menos, visto que as áreas produtivas disponíveis estão esgotando, a população continua aumentando e ficando mais velha, mais rica, mais urbana e mais exigente, dando preferência ao consumo de produtos de origem animal (carnes, ovos, queijo e leite), preterindo os carboidratos fornecidos pelos grãos.
Para enfrentar o desafio da produção e da sobrevivência com dignidade, o agricultor de amanhã precisará usar eficientemente as melhores técnicas de produção, juntamente com as de gestão.
Fonte: Canal Rural
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