Autores: Crissia Fernanda Tapeti ; Simone Palma Favaro; Rubia Renata Marques.
INTRODUÇÃO
A palmeira macaúba (Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd),
pertencente à família Arecaceae, é nativa das florestas tropicas e savanas da
América. Tem sido utilizada para diferentes fins, tais como as folhas para
nutrição animal, o endocarpo para produção de carvão vegetal, e a polpa e
amêndoa dos frutos para a produção de farinhas e óleos (RAMOS, 2007).
Com a crescente demanda mundial
por lipídeos, tanto para produção de biodiesel como para alimentação humana, a
macaúba vem despertando grande interesse, por se adaptar a diversas condições
edafoclimáticas e pela elevada potencialidade de fornecimento de óleo, podendo
gerar cerca de dez vezes mais óleo do que a soja em uma mesma área por ano
(ROSCOE et al., 2007). A polpa do fruto maduro de macaúba apresenta elevada
umidade. Foram reportados valores no estado do Mato Grosso do Sul entre 49,06%
na região de Campo Grande a 63,00% na região de Corumbá (CICONINI et al.,
2013). Esta disponibilidade de água favorece a perecibilidade do fruto,
sobretudo quando há ruptura da casca.
A prática corrente de coletar os
frutos já caídos no chão, tem se mostrado inviável para a produção em larga
escala de óleo de polpa com qualidade competitiva com outras fontes oleaginosas
devido à deterioração microbiana e possivelmente também por atividade
enzimática endógena. Esta palmeira carece de estudos básicos que dêem suporte
para estabelecer um método de colheita técnico e economicamente eficaz.
Assim, este trabalho teve como
objetivo avaliar a qualidade do óleo na polpa de frutos de macaúba em função do
tempo de permanência de frutos no campo mantido em sistema de coletores/contentores.
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