Estudo desenvolvido no curso de Engenharia Florestal receberá prêmio no Japão
Um estudo desenvolvido no curso de Engenharia Florestal, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (USP/Esalq) teve como objetivo demonstrar o potencial da madeira de laranjeira para diversas finalidades produtivas.
A partir da utilização das técnicas de cromatografia gasosa acoplada à espectrômetro de massa (GC/MS) e micro-extração em fase sólida (SPME), foram extraídos 221 componentes químicos da madeira de laranjeira. “Desse total, 33 deles foram identificados com alta confiabilidade”, aponta Carolina Kravetz, egressa do curso e hoje mestranda no programa de pós-graduação em Recursos Florestais da Esalq.
Com orientação do professor José Otávio Brito e auxílio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paul (Fapesp), Carolina iniciou o trabalho ainda como iniciação científica, com a proposta de realizar a avaliação do potencial químico de extrativos e de produtos da pirólise da madeira de laranjeira. “Um dos resultados é que, de acordo com a literatura, 79% destes compostos possuem aplicação nas áreas química, farmacêutica e/ou processamento de alimentos”.
No início deste trabalho, em setembro de 2014, a estudante teve a oportunidade de apresentar análises prévias no XI International Junior Forest Contest, em Saint Petersburg na Rússia. Em 2015, Carolina executou algumas análises na North Carolina State University sob a supervisão dos professores David C. Tilotta e Daniel Saloni, ambos do departamento de biomateriais. Este intercâmbio foi feito com o auxílio da Fapesp a partir da modalidade da BEPE - Bolsa Estágio de Pesquisa no Exterior, durante o período de 4 meses.
Fruto da pesquisa, o artigo Qualitative Analysis of the Extractives of Orange Wood foi submetido para apreciação na revista científica Wood and Fiber Science, dos Estados Unidos. O artigo foi aprovado no ano de 2017 e, esta semana, Carolina recebeu a notícia de que recebeu o prêmio George Marra de 3º lugar em Excelência na escrita com relação aos artigos publicados no ano de 2017. O Prêmio é concedido pela Society of Wood and Science Technology (SWST) e será entregue na convenção anual da SWST, que acontecerá de 5 a 9 de novembro de 2018, em Nagoya, Japão
“Estou muito feliz e realizada com este prêmio. Claro que isso só foi possível devido ao trabalho em equipe com os professores, essenciais no aprimoramento dos meus conhecimentos na área de química da madeira, como também dos colegas do Laboratório de Química, Celulose e Energia (LQCE). Esse reconhecimento representa crescimento acadêmico e pessoal”.
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