17 10h59. IPCC recebe nomeações de países para contribuir para o Sexto Relatório de Avaliação Relatório do IPCC será produzido por três grupos de trabalho. Foto: Reprodução da Internet O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), organismo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e da Organização Mundial de Meteorologia criado para avaliar a ciência relacionada às mudanças climáticas, está solicitando indicações de autores para o Sexto Relatório de Avaliação. Governos, especialistas e membros do Bureau do IPCC estão convidados a enviar indicações de autores coordenadores, autores principais e editores de revisão até sexta-feira (27). As secretarias dos três grupos de trabalho do IPCC selecionarão as equipes dos autores das listas de nomeações. Centenas de especialistas em todo o mundo nas diferentes áreas oferecem seu tempo e experiência para produzir os relatórios do IPCC. As equipes de autores devem refletir uma série de pontos de vista de origem científicos, técnicos e socioeconômicos. O IPCC inclui três grupos de trabalho: o Grupo de Trabalho I avalia a base da ciência física nas mudanças climáticas; o Grupo de Trabalho II é responsável por impactos, adaptação e vulnerabilidade; e o Grupo de Trabalho III avalia a mitigação das mudanças climáticas. “Essa nova chamada é a fase mais importante. Por parte do Brasil, vemos que está tentando ser bastante inclusiva, para não repetir sempre os mesmos especialistas de renome. Não há dúvida que temos muitos pesquisadores importantes no país, mas estamos tentando estimular os jovens”, afirma a vice-presidente do IPCC, Thelma Krug, pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O apelo às nomeações segue um acordo sobre os escopos das três contribuições do grupo de trabalho para o Sexto Relatório de Avaliação, que serão finalizadas em 2021, seguidas de um Relatório de Síntese, em 2022, formando uma avaliação abrangente sobre a compreensão da comunidade científica acerca das mudanças climáticas. O IPCC já está preparando três relatórios especiais sobre temas específicos, bem como um aperfeiçoamento de suas diretrizes para inventários nacionais de gases de efeito estufa. O processo seletivo é bastante rigoroso. Para se ter uma ideia, a chamada pública anterior recebeu cerca de 3.600 nomeações de vários países, e somente 831 especialistas foram selecionados. “A escolha é embasada observando a especialidade e expertise dentro de cada grupo. Buscamos ter também um balanço geográfico, para que não tenhamos relatório com participação muito maior de países desenvolvidos. O IPCC tenta equilibrar números e gêneros (?) e escolher cientistas jovens, mas os números ainda são muito distantes. Normalmente, 80% homens e 20% mulheres. Isso ocorre porque os países acabam enviando muitas indicações masculinas. A gente sente que, de maneira geral, a participação dos países em desenvolvimento fica um pouco aquém”, explica Krug. Para participar, um email deve ser enviado para cgcl@mctic.gov.br. As inscrições vão até sexta-feira (20). IPCC Criado em 1988 pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (ONU Meio Ambiente), o Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC) é o principal órgão internacional de avaliação das mudanças climáticas. Seu papel é analisar, de maneira exaustiva, objetiva, aberta e transparente a informação científica, técnica e socioeconômica relevante para entender a base científica do risco da mudança do clima promovida pela atividade humana, suas possíveis repercussões e as opções que existem para adaptar-se à mudança do clima e atenuar seus efeitos. Atualmente, o IPCC conta com 195 países membros, responsáveis pelo Plano de Trabalho do Painel para o sexto ciclo (2015 – 2023). Dentre os vários produtos produzidos pelo IPCC, cinco relatórios de avaliação já foram finalizados, sendo que o último foi entregue em 2014.
segunda-feira, outubro 23, 2017
O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), organismo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e da Organização Mundial de Meteorologia criado para avaliar a ciência relacionada às mudanças climáticas, está solicitando indicações de autores para o Sexto Relatório de Avaliação. Governos, especialistas e membros do Bureau do IPCC estão convidados a enviar indicações de autores coordenadores, autores principais e editores de revisão até sexta-feira (27). As secretarias dos três grupos de trabalho do IPCC selecionarão as equipes dos autores das listas de nomeações.
Centenas de especialistas em todo o mundo nas diferentes áreas oferecem seu tempo e experiência para produzir os relatórios do IPCC. As equipes de autores devem refletir uma série de pontos de vista de origem científicos, técnicos e socioeconômicos.
O IPCC inclui três grupos de trabalho: o Grupo de Trabalho I avalia a base da ciência física nas mudanças climáticas; o Grupo de Trabalho II é responsável por impactos, adaptação e vulnerabilidade; e o Grupo de Trabalho III avalia a mitigação das mudanças climáticas.
“Essa nova chamada é a fase mais importante. Por parte do Brasil, vemos que está tentando ser bastante inclusiva, para não repetir sempre os mesmos especialistas de renome. Não há dúvida que temos muitos pesquisadores importantes no país, mas estamos tentando estimular os jovens”, afirma a vice-presidente do IPCC, Thelma Krug, pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O apelo às nomeações segue um acordo sobre os escopos das três contribuições do grupo de trabalho para o Sexto Relatório de Avaliação, que serão finalizadas em 2021, seguidas de um Relatório de Síntese, em 2022, formando uma avaliação abrangente sobre a compreensão da comunidade científica acerca das mudanças climáticas. O IPCC já está preparando três relatórios especiais sobre temas específicos, bem como um aperfeiçoamento de suas diretrizes para inventários nacionais de gases de efeito estufa.
O processo seletivo é bastante rigoroso. Para se ter uma ideia, a chamada pública anterior recebeu cerca de 3.600 nomeações de vários países, e somente 831 especialistas foram selecionados. “A escolha é embasada observando a especialidade e expertise dentro de cada grupo. Buscamos ter também um balanço geográfico, para que não tenhamos relatório com participação muito maior de países desenvolvidos. O IPCC tenta equilibrar números e gêneros (?) e escolher cientistas jovens, mas os números ainda são muito distantes. Normalmente, 80% homens e 20% mulheres. Isso ocorre porque os países acabam enviando muitas indicações masculinas. A gente sente que, de maneira geral, a participação dos países em desenvolvimento fica um pouco aquém”, explica Krug.
Para participar, um email deve ser enviado para cgcl@mctic.gov.br. As inscrições vão até sexta-feira (20).
IPCC
Criado em 1988 pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (ONU Meio Ambiente), o Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC) é o principal órgão internacional de avaliação das mudanças climáticas. Seu papel é analisar, de maneira exaustiva, objetiva, aberta e transparente a informação científica, técnica e socioeconômica relevante para entender a base científica do risco da mudança do clima promovida pela atividade humana, suas possíveis repercussões e as opções que existem para adaptar-se à mudança do clima e atenuar seus efeitos. Atualmente, o IPCC conta com 195 países membros, responsáveis pelo Plano de Trabalho do Painel para o sexto ciclo (2015 – 2023).
Dentre os vários produtos produzidos pelo IPCC, cinco relatórios de avaliação já foram finalizados, sendo que o último foi entregue em 2014.
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