DE OLHO NO FUTURO E NO POTENCIAL ECONÔMICO

“Não, não, o mirtilo não produz apenas e tão somente em clima frio. Ele já está aqui no Brasil há mais de dez anos em regiões secas e quentes” – Luís Milner, da Chácara Catavento.

Ele é pioneiro de plantio de mirtilo desde 2010, na seca e quente região de Piracicaba/SP onde domina o cultivo de cana de açúcar. E é de lá também que saem as matrizes para a produção de mudas nos laboratórios de SBW do Brasil em Holambra/SP. Em milhares de biorreatores uma minúscula parte da planta mãe do mirtilo é criteriosamente selecionada em ambientes estéreis para se transformar em milhares de mudas de alta qualidade.

INVESTIMENTO X RENTABILIDADE

Razão disso são os números que fazem o mercado do mirtilo muito promissor para os produtores em termos de ganhos. Segundo Luis Milner, apesar do elevado investimento para a implementação de 1 hectare, cerca de R$ 380 mil. Este investimento é recuperado já no segundo ano ou no máximo no terceiro. “Se o investidor pensar numa configuração e 8 mil plantas por hectare ele já colhe no primeiro ano 5 toneladas, no segundo umas 10 toneladas e a partir do terceiro com as plantas já adultas ele passa a colher 15 toneladas ano”.

O valor médio do quilo do mirtilo no mercado tem variado de acordo com a época do ano em torno de r$ 40,00. Se a implementação foi feita da forma correta e o manuseio também a produção será garantida. Com isto, a partir do terceiro, ano com as 15 toneladas o produtor teria uma entrada de R$ 600 mil e com o custo de manutenção diluído em função da idade adulta das plantas. Há de considerar ainda o custo anual de manutenção em torno de r$ 180 mil baseado principalmente na mão de obra de colheita e embalagem.

PREPARANDO TÉCNICOS PARA O MIRTILO

A própria SBW do Brasil enviou dois de seus técnicos para o curso na Chácara Catavento Poliana Sirqueira consultora de vendas e Rafael Santos, consultor técnico comercial que garante que o curso vai ajudar no atendimento direto com os clientes que buscarem mudas de mirtilo na SBW como opção de cultivo. “Como responsável pelo acompanhamento de nossos produtos e clientes, é de extrema importância estar alinhado às boas práticas de manejo da cultura. Embora não prestemos o serviço de consultoria aos produtores, focamos na produção e comercialização de mudas; é importante estar próximo ao produtor para acompanhar os resultados a campo e orientar como buscar alternativas em possíveis dificuldades. O curso proporciona de forma teórica e pratica uma imersão na cultura do Mirtilo, trazendo informações e dicas que criam um atalho para o sucesso”, enfatiza Rafael.

PRODUZINDO AS MUDAS NO LABORÁTÓRIO

É nos laboratórios da SBW do Brasil em Holambra/SP onde são produzidas as mudas a partir das plantas mães que podem ser de propriedade do cliente e cujas mudas são de sua exclusividade ou de plantas mães criteriosamente selecionadas do matrizeiro da Chácara Catavento com quem a SBW do Brasil tem uma parceria estratégica e juntos oferecem mudas e consultoria para qualquer cliente interessado a nível nacional.

Hoje o processo de produção das mudas ainda está sendo o convencional in vitro. Das plantas mães são selecionadas pequenas partes que são repicadas no laboratório em ambiente estéril e colocadas em frascos com nutrientes. Por este processo a produção pode chegar a 75.000 mudas ano.

Mas como o mirtilo está se mostrando bastante promissor ao agricultor brasileiro a SBW já testou e comprovou a produção das mudas pelo processo TIB – Imersão Temporária em Biorreatores com fator de produção de 10 a 15 vezes e chegando de 250 mil a 375 mil mudas por ano. “Assim que o mercado se abrir para este novo produto estamos prontos para atender a demanda do pequeno ao grande produtor no momento que ele necessitar garantindo as melhores mudas de mirtilo para as regiões seca e quentes do Brasil”, afirma Rene Farenhout diretor de produção da SBW do Brasil.

Fonte: Agrolink