Apenas um país está próximo de cumprir suas metas em relação às mudanças climáticas
terça-feira, setembro 21, 2021
Mais de 35 países, incluindo os maiores emissores de carbono do mundo, estão muito longe de conseguirem cumprir seus compromissos para conter a mudança climática, de acordo com relatório feito pelas organizações científicas Climate Analytics e NewClimate Institute.
De acordo com o documento, poucas nações estão no caminho certo para cortar as emissões de carbono e limitar a mudança climática descontrolada a 1,5°C do aquecimento global, conforme estabelecido no Acordo Climático de Paris de 2015.
Desses, apenas a Gâmbia, pequeno país da África Ocidental, recebeu uma classificação climática geral compatível com o determinado, ao tomar medidas necessárias para aumentar o uso de energia renovável.
Outros sete países – Costa Rica, Quênia, Marrocos, Etiópia, Nepal, Nigéria e Reino Unido – não estão muito atrás, marcando “quase suficiente”, o que significa que eles podem voltar ao caminho de 1,5 ° C “com melhorias moderadas”.
Notavelmente, a União Europeia, especialmente a Alemanha, bem como os EUA introduziram uma série de novas políticas para atualizar suas metas climáticas, mas, no geral, sua ação continua “insuficiente”.
De acordo com a análise, uma série de grandes emissores, incluindo Austrália, Brasil, Indonésia e Rússia, estão presos às mesmas ou até menos ambiciosas metas para 2030 do que as que propuseram em 2015, no Acordo de Paris.
“Qualquer um pensaria que têm todo o tempo do mundo, quando, na verdade, o oposto é o caso”, alertou o especialista em política climática Niklas Höhne, do Instituto NewClimate, com sede na Alemanha, que contribuiu para relatórios anteriores do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês).
Segundo o site Science Alert, a análise concluiu que as políticas para fornecer apoio financeiro aos projetos de energia limpa em países em desenvolvimento também estão aquém.
Isso ocorre apenas um mês depois que mais de 230 cientistas emitiram seu alerta mais severo – um “código vermelho para a humanidade” – em seu sexto relatório do IPCC, e antes da próxima rodada de negociações climáticas da Organização das Nações Unidas (ONU) a ser realizada em novembro, que alguns líderes mundiais chamaram de “última chance” para estimular a ação política.
Fonte: Olhar Digital
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