Diário de Aveiro: Vai agora entrar nos últimos dois anos do
seu mandato. Que balanço faz destes três anos à frente da Comissão
Europeia?
Jean-Claude Juncker: Assumi esta posição quando a União Europeia ainda
se debatia com as consequências da crise económica e lidava com um
invulgar, pela sua dimensão, fluxo de migrantes. Creio que, em
comparação com esse momento inicial, estamos numa posição mais
favorável e optimista. Existe uma evolução muito positiva no plano
económico, sendo que Portugal é um dos melhores exemplos disso mesmo.
Ainda existe muito trabalho a fazer e algumas reformas essenciais, mas
os primeiros sinais de progresso já são evidentes. Estou muito
satisfeito com o trabalho desenvolvido pela minha equipa e com o rumo
da União Europeia.
Ainda faltam dois anos…
No tempo que nos resta, queremos avançar em várias frentes e consolidar
a União Europeia como um agente decisivo no campo digital, na acção
climática e segurança energética. Continuaremos a liderar a defesa dos
direitos humanos e sociais, dos procedimentos democráticos e queremos
recuperar o investimento, o crescimento e as oportunidades de trabalho
na nossa economia. Também em Portugal queremos continuar a fazer a
diferença – não só na frente do investimento, mas também onde Portugal
mais precisa.
Portugal está a passar por um momento extremamente complicado com a
tragédia dos fogos.
Os incêndios deste Verão em Portugal chocaram-me. Para mim é evidente
que a União Europeia tenha de ajudar aqueles que sofrem. Por este
motivo, encarreguei o Comissários Stylianides de, no máximo até ao final
deste ano, propor a remodelação e uma nova articulação dos nossos
mecanismos de protecção civil para darem uma resposta mais eficiente a
situações de emergência.
Fonte: Diário Aveiro
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