Estudo apresenta estimativas de emissões de gases de efeito estufa em Minas
sexta-feira, janeiro 06, 2017
"Belo Horizonte, big city!" por FerryPNL, no Panoramio | Foto retirada do site SkysraperCity |
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Os resultados indicam uma emissão de 124 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente em 2014, um aumento de 24% em relação a 2005. As emissões médias anuais por habitante aumentaram de 4,8 toneladas para 6 toneladas. Dos setores analisados, destaca-se a participação dos setores de Energia e Agropecuária, cujas emissões aumentaram 35% e 15%, respectivamente, em relação a 2005.
O gerente de Energia e Mudanças Climáticas da Feam, Felipe Santos de Miranda Nunes, afirma que a mensuração de emissões de gases de efeito estufa é uma importante ferramenta. “Os estudos sobre o GEE permitem
a gestão de riscos de emissões e a identificação de oportunidades de redução, o aprimoramento regulatório e o estabelecimento de possíveis metas e compromissos”, afirma.
Para Nunes, a atualização e monitoramento periódico das emissões são fundamentais para a identificação de tendências e mudanças de perfil das emissões estaduais. “Os resultados já demonstram que é necessário um forte empenho adicional no combate às mudanças climáticas no estado, por meio de ações setoriais, especialmente nos setores de Energia e Agropecuária”, ressalta.
Felipe Nunes observa que, apesar dos esforços para incluir todos os setores recomendados pelo Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC, o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas), não foi possível estimar as emissões decorrentes das mudanças de uso da terra, como por exemplo, as emissões do desmatamento, devido à indisponibilidade de uma série histórica padronizada e oficial de mapas de uso e cobertura da terra para o estado de Minas Gerais. "A busca por dados consistentes apresentou-se como um dos maiores desafios para realização das estimativas estaduais”, explica.
O ‘Relatório de Estimativas de Emissões e Remoção de Gases de Efeito Estufa do Estado de MG – Ano Base 2014’ está disponível no site do Plano de Energia e Mudanças Climáticas de Minas Gerais (PEMC): http://pemc.meioambiente.mg.gov.br/diagnostico/inventario-de-emissoes
Histórico
O Brasil foi o primeiro país signatário da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (UNFCCC), firmado durante a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992, a Rio 92. Uma das obrigações do país é reportar periodicamente suas emissões de GEE.
Felipe Nunes explica que o papel de governos locais (estaduais e municipais) para o alcance das metas nacionais é fundamental. “Minas Gerais destaca-se por seu empenho em relação às questões climáticas. Segundo Nunes, em 2008, foi apresentado o primeiro Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Estado de Minas Gerais. Já em 2009, o Decreto nº 45.229 formalizou e regulamentou medidas do Poder Público estadual referente ao combate às mudanças climáticas e emissões de gases de efeito estufa.
Em 2015 foi lançado o Plano de Energia e Mudanças Climáticas (PEMC), construído por meio de um processo participativo, cujo objetivo principal é traçar diretrizes e ações coordenadas para a mitigação e adaptação às mudanças climáticas no território mineiro. “Um dos elementos essenciais para a elaboração e implementação do PEMC é a mensuração das emissões de GEE no território mineiro, divididas por setores, com a identificação das principais fontes e estoque de carbono”, explica o gerente.
Emerson Gomes
Ascom/Sisema
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