Cooperativa do Norte de Minas ganha incentivo para beneficiamento de Macaúba
quinta-feira, junho 02, 2016
Fundação Banco do Brasil investiu R$ 258 mil em empreendimento que conta com trabalho de 420 extrativistas da região de Montes Claros
Por Dalva de Oliveira
Os frutos do cerrado vêm ganhando força no mercado nos últimos anos e um bom exemplo disso é o coco macaúba. Tipicamente brasileiro e com possibilidade de aproveitamento total, a exploração desse fruto está ajudando a ampliar as oportunidades de geração de renda dos agricultores familiares no norte de Minas Gerais.
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A região conta com uma unidade de beneficiamento instalada na comunidade de Riacho D’Anta, 80 km de Montes Claros, com recursos da Fundação Banco do Brasil e de outros parceiros. Na agroindústria são processadas cerca de 20 toneladas do óleo da polpa da macaúba por ano, 25 toneladas de óleo da semente e 18 toneladas do bagaço. Tudo o que é processado na unidade é resultado do trabalho de 420 extrativistas.
Atualmente a produção do óleo extraído da semente é utilizada na fabricação de cosméticos, sabão em barra, sabão em pó e pasta brilho para alumínio. Com a polpa é fabricado óleo para biodiesel e o bagaço é aproveitado na elaboração de ração animal.
A maior parte da matéria prima chega das cooperativas e associações da região, como é o caso da Associação Comunitária dos Pequenos Produtores Rurais de Riacho D'antas e Adjacências, também gestora da unidade de beneficiamento. A entidade já recebeu investimento social de R$ 258 mil da Fundação BB. Os associados são moradores dos municípios de Mirabela, Brasília de Minas, Coração de Jesus, Ubaí, São João do Pacuí e Montes Claros.
O investimento social da Fundação foi destinado para compra do maquinário da unidade de beneficiamento, caminhão, recuperação do riacho d’antas, construção de barraginhas para captação de águas pluviais e viveiro de mudas.
De acordo com o presidente da associação, Hermes Fonseca, nos últimos anos, a entidade se transformou em um centro de referência e de pesquisa, que despertou o interesse de muita gente. “Aqui recebemos visitas de universitários, professores e pessoas comuns interessadas em conhecer o trabalho e até pesquisadores de outros países, como México e Moçambique”, disse.
Por meio da Central do Cerrado, uma iniciativa sem fins lucrativos estabelecida com 35 organizações comunitárias, que funciona como uma ponte entre produtores e consumidores, os produtos chegaram até o Mercado Municipal de São Paulo. Lá, em um box que tem a parceria do Instituto ATÁ, Fundação BB e Programa de Pequenos Projetos Ecossociais – PPP-ECOS, são comercializados itens típicos do Cerrado e da Caatinga. “Com essa iniciativa queremos dar sustentabilidade ao projeto e evitar o êxodo rural. Trabalhamos para manter nossos jovens no campo e evitar que eles saiam pra a cidade grande em busca de oportunidades”, concluiu Hermes.
Fonte: Fundação Banco do Brasil
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