Iniciativas tentam gerar boas práticas, como a proteção do solo.
Investimento na conscientização ambiental tem aumentado e gerado frutos.
Investimento na conscientização ambiental tem aumentado e gerado frutos.
Clíneo Gonçalves é produtor de bananas em Saquarema (Foto: Divulgação / Rio Rural) |
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Os avanços obtidos na agricultura local não se referem apenas ao aumento de produtividade, mas, sobretudo, na preservação do ecossistema. As iniciativas tentam gerar boas práticas como proteção do solo, segurança alimentar e produção de água, aumentando a qualidade de vida no campo e na cidade.
Plantação de bananas segue critérios de sustentabilidade (Foto: Divulgação / Rio Rural) |
Outro exemplo vem de São João da Barra, no Norte Fluminense, onde o produtor Jailson Ribeiro cuida de hortas de maxixe e quiabo. No fim do ano passado, ele deixou de usar adubos químicos e investiu na adubação verde com o plantio de crotalária, espécie de planta leguminosa. Depois de crescida, a crotalária é podada e colocada sobre o solo que vai receber um novo cultivo. Em decomposição, ela facilita a absorção de nitrogênio e melhora a absorção de nutrientes pelos vegetais.
Jailson Ribeiro cuida de hortas de maxixe e quiabo em São João da Barra (Foto: Divulgação / Rio Rural) |
Política pública “verde”
O desenvolvimento sustentável nunca foi tão discutido como atualmente. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que a má qualidade do meio ambiente implica em 23% das mortes em todo o mundo. Por isso, projetos que promovem o equilíbrio ambiental têm ganhado importância em todo o mundo
“Eles (produtores) são nossos principais aliados em busca da sustentabilidade. Mostramos que a agricultura sustentável é justa do ponto de vista sócial e economicamente viável”, ressalta o secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo.
Adubos colaboram com a produção sustentável (Foto: Divulgação / Rio Rural) |
Em 2015, o Rio Rural foi um dos programas em destaque na COP 21, a conferência internacional que mobiliza nações para discutir medidas de redução do aquecimento global. Também no ano passado, o programa foi citado em relatório da ONU como experiência bem-sucedida na área de gestão de recursos hídricos e desenvolvimento sustentável.
O Rio Rural é financiado pelo Banco Mundial e atende a 48 mil famílias rurais de 72 municípios. Até 2018, serão mais de US$ 233 milhões investidos em ações de desenvolvimento.
Produção de água
Um dos resultados mais “palpáveis” do programa é a produção de água, por meio do cercamento de nascentes de água. Quando isolada, a mata ao redor dos chamados “olhos d'água” funciona como esponja, absorvendo água da chuva e reativando a fonte.
O estímulo à produção hídrica ganhou impulso com a campanha Água Limpa para o Rio Olímpico, lançada em 2010 com a meta de proteger 2.016 nascentes até as Olimpíadas. A adesão foi tão expressiva que mais de 3.120 nascentes já foram protegidas. Na prática, isso representa um volume de água de mais de quatro mil piscinas olímpicas cheias, por ano.
“Quem tinha pouca água, viu a sua fonte ser revitalizada. Sem dúvidas, isso ajudou a minimizar os efeitos da forte estiagem que atingiu o Rio de Janeiro nos últimos três anos”, explica Herval Lopes, gerente técnico estadual de Desenvolvimento Sustentável da Emater-Rio.
Melhoria da qualidade da água é um dos objetivos das iniciativas (Foto: Divulgação / Rio Rural) |
Fonte: G1 - Norte Fluminense
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