Áudio: Brasil propõe aumento da produção de energia sustentável
segunda-feira, abril 25, 2016
O País assumiu metas ambiciosas no Acordo de Paris com propostas na produção de energia sustentável, agronegócios e manejo florestal
No dia 22 de abril, o Brasil irá participar de uma cerimônia convocada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, nos EUA, para que várias nações do mundo, assinem o Acordo de Paris, assim os países participantes darão início a um processo de ratificação das metas assumidas na Conferência do Clima (COP 21).
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Em entrevista ao programa Amazônia Brasileira, a Economista e Presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), Marina Grossi, falou sobre a Ratificação do Acordo de Paris, as metas brasileiras e como o Brasil pode optar por fontes alternativas de energia, sem depender de termoelétricas ou exploração de novas usinas hidrelétricas para cumprir as metas do Acordo do Clima.
De acordo com a economista, o Acordo de Paris é uma grande oportunidade para o Brasil, para gerar desenvolvimento: “Será necessária uma série de investimentos de grande porte, em infraestrutura e geração de energia renovável. A nossa curva estava ascendente, pois o Brasil é um dos 10 maiores emissores do planeta, com a contribuição em Paris, estamos dizendo que não estaremos mais entre os 10 maiores emissores. Vamos buscar combinar desenvolvimento, com a redução de emissão de gases de efeito estufa. E pela primeira vez, o Acordo de Paris foi para o mundo inteiro. Antigamente, era apenas para os países desenvolvidos e não para os países em desenvolvimento, agora com diferentes responsabilidades, é para o mundo inteiro, e isso significa que o mundo inteiro está caminhando para uma economia de baixo carbono”.
Segundo Marina Grossi, o Brasil assumiu metas ambiciosas: 10% de conservação de energia elétrica, através do aumento da eficiência no uso e a ampliação da participação da energia, por fontes renováveis alternativas (como eólica e fotovoltaica) para 23% da matriz energética. Segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética, em 2014, essa participação era de apenas 11%: “O Brasil está competitivo em relação à energia eólica. A solar tem um grande potencial, devido a todas as regiões terem sol constante. Temos, em algumas regiões, empresas que estão substituindo o diesel por solar. Temos recursos para melhorar a eficiência no uso e na ampliação da participação da energia, por fontes renováveis alternativas”.
Outra meta ambiciosa é em relação ao desmatamento: “De forma contundente, a meta em relação ao desmatamento diz que o desmatamento ilegal, tem que acabar, e isso é uma oportunidade, pois com o fim do desmatamento ilegal, vamos trocar uma madeira barata, que é fruto desse desmatamento e é ruim para a economia, por uma série de processos que terão investimentos, como por exemplo, a silvicultura que é o estudo dos métodos naturais e artificiais para regenerar e melhorar os povoamentos florestais, identificando, caracterizando e prescrevendo a utilização das madeiras, que serão certificadas. Então você abre o país para um novo horizonte, onde madeira certificada tem mais valor, assim valerá mais a pena, conservar a floresta, do que desmatar”, explicou a economista.
Marina Grossi acredita que a agricultura e a floresta também poderão dar as mãos, pois as duas possuem oportunidades de desenvolvimento em uma economia de baixo carbono. A agricultura pode ter técnicas muito menos intensivas de emissão e as florestas podem ser fontes de renda muito grandes.
A economista acredita que o mundo mudou bastante, pois a ciência tem mostrado que os recursos são finitos e que as pessoas precisam agir com responsabilidade sobre eles: “As empresas incorporaram suas atitudes, em relação a sustentabilidade, o que antes, como na Rio 92 era conversa de ambientalista, agora se tornou um assunto de toda a sociedade”, afirmou Marina Grossi.
Ouça a entrevista na íntegra no player e saiba mais sobre as metas brasileira, propostas no acordo de Paris.
O programa Amazônia Brasileira vai ao ar de segunda a sexta, às 8h, na Rádio Nacional da Amazônia, e às 6h, na Rádio Nacional do Alto Solimões (horário local).
A apresentação é de Sula Sevillis e a produção-executiva, de Taiana Borges.
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Em entrevista ao programa Amazônia Brasileira, a Economista e Presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), Marina Grossi, falou sobre a Ratificação do Acordo de Paris, as metas brasileiras e como o Brasil pode optar por fontes alternativas de energia, sem depender de termoelétricas ou exploração de novas usinas hidrelétricas para cumprir as metas do Acordo do Clima.
De acordo com a economista, o Acordo de Paris é uma grande oportunidade para o Brasil, para gerar desenvolvimento: “Será necessária uma série de investimentos de grande porte, em infraestrutura e geração de energia renovável. A nossa curva estava ascendente, pois o Brasil é um dos 10 maiores emissores do planeta, com a contribuição em Paris, estamos dizendo que não estaremos mais entre os 10 maiores emissores. Vamos buscar combinar desenvolvimento, com a redução de emissão de gases de efeito estufa. E pela primeira vez, o Acordo de Paris foi para o mundo inteiro. Antigamente, era apenas para os países desenvolvidos e não para os países em desenvolvimento, agora com diferentes responsabilidades, é para o mundo inteiro, e isso significa que o mundo inteiro está caminhando para uma economia de baixo carbono”.
Segundo Marina Grossi, o Brasil assumiu metas ambiciosas: 10% de conservação de energia elétrica, através do aumento da eficiência no uso e a ampliação da participação da energia, por fontes renováveis alternativas (como eólica e fotovoltaica) para 23% da matriz energética. Segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética, em 2014, essa participação era de apenas 11%: “O Brasil está competitivo em relação à energia eólica. A solar tem um grande potencial, devido a todas as regiões terem sol constante. Temos, em algumas regiões, empresas que estão substituindo o diesel por solar. Temos recursos para melhorar a eficiência no uso e na ampliação da participação da energia, por fontes renováveis alternativas”.
Outra meta ambiciosa é em relação ao desmatamento: “De forma contundente, a meta em relação ao desmatamento diz que o desmatamento ilegal, tem que acabar, e isso é uma oportunidade, pois com o fim do desmatamento ilegal, vamos trocar uma madeira barata, que é fruto desse desmatamento e é ruim para a economia, por uma série de processos que terão investimentos, como por exemplo, a silvicultura que é o estudo dos métodos naturais e artificiais para regenerar e melhorar os povoamentos florestais, identificando, caracterizando e prescrevendo a utilização das madeiras, que serão certificadas. Então você abre o país para um novo horizonte, onde madeira certificada tem mais valor, assim valerá mais a pena, conservar a floresta, do que desmatar”, explicou a economista.
Marina Grossi acredita que a agricultura e a floresta também poderão dar as mãos, pois as duas possuem oportunidades de desenvolvimento em uma economia de baixo carbono. A agricultura pode ter técnicas muito menos intensivas de emissão e as florestas podem ser fontes de renda muito grandes.
A economista acredita que o mundo mudou bastante, pois a ciência tem mostrado que os recursos são finitos e que as pessoas precisam agir com responsabilidade sobre eles: “As empresas incorporaram suas atitudes, em relação a sustentabilidade, o que antes, como na Rio 92 era conversa de ambientalista, agora se tornou um assunto de toda a sociedade”, afirmou Marina Grossi.
Ouça a entrevista na íntegra no player e saiba mais sobre as metas brasileira, propostas no acordo de Paris.
O programa Amazônia Brasileira vai ao ar de segunda a sexta, às 8h, na Rádio Nacional da Amazônia, e às 6h, na Rádio Nacional do Alto Solimões (horário local).
A apresentação é de Sula Sevillis e a produção-executiva, de Taiana Borges.
Fonte: EBC Rádios
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