Estresse hídrico atinge algodão, feijão e milho 2ª safra
terça-feira, abril 26, 2022
O mês de abril, é um mês que marca a entrada do período de estiagem em uma parcela considerável da região central do Brasil. Isso ocorre devido às mudanças nos padrões dos ventos ao longo das estações do ano, sendo o período de inverno o mais seco na região. Entretanto, a entrada mais precoce do período de estiagem pode provocar alterações no ritmo de desenvolvimento das lavouras.
E foi o que aconteceu neste abril de 2022. As áreas que, comumente recebem pouca chuva, tiveram chuvas abaixo do esperado ao longo deste mês. Isso pode ser visto no mapa de anomalia de precipitação, que nos mostra o quanto a chuva variou em relação à média histórica.
Nas principais áreas produtoras do centro do país, as anomalias indicam valores negativos. Ou seja, choveu menos do que o esperado para a época do ano. Essas áreas compreendem boa parte do centro-oeste, sudeste e região nordeste. Existem alguns pontos do Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais que registraram pouco ou nada de chuva ao longo de Abril, como mostrado no mapa de precipitação acumulada.
Em conjunto com a falta de chuvas, as temperaturas também seguem elevadas na parcela central do país. Isso ocorre devido ao maior aquecimento solar e também a um efeito de “compressão” do ar que é empurrado de cima para baixo associados aos bloqueios atmosféricos.
Desta forma, os sinais de restrição hídrica começam a se pronunciar desde a região do Bolsão Sul Mato-Grossense até o oeste da Bahia. As lavouras de algodão, feijão e milho 2ª safra podem apresentar uma diminuição no ritmo de desenvolvimento.
Um outro fator que corrobora com a situação de atenção para a umidade do solo e a disponibilidade hídrica é a previsão de chuvas para este último período do mês.
Não há grandes perspectivas de acumulados sobre a parcela central do país, as áreas desde o norte do Paraná até a metade sul do Piauí, terão um tempo mais seco. Pontualmente podem ocorrer algumas pancadas de chuvas, mas de forma muito irregular e mal distribuída.
Fonte: Agrolink
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