CMPC lança programa para ampliar em 15 mil hectares a produção de eucaliptos no RS
quarta-feira, janeiro 26, 2022
Após um 2021 marcado por investimentos que somaram quase R$ 3 bilhões da CMPC em sua planta em Guaíba, a multinacional chilena lançou um programa para ampliar sua capacidade de fornecimento de eucalipto de propriedades produtoras no Rio Grande do Sul. Batizado de RS + Renda, o programa tem o objetivo de ampliar em 15 mil hectares a produção gaúcha de eucaliptos ainda em 2022. Essa meta significa uma ampliação de 60% nas plantações de eucaliptos conveniadas com a empresa no Estado. Atualmente, a CMPC já possui cerca de 25 mil hectares de plantios de eucalipto em convênio com produtores rurais.
A iniciativa ocorre a partir de uma necessidade real de fornecimento de madeira para abastecer o aumento da capacidade de produção em Guaíba.
“Queremos fazer um incremento em decorrência de uma necessidade real de aumento de produção. Nós temos uma demanda por essa ampliação. Temos investimento anunciado em agosto, que já está em andamento e deve entrar em operação a partir de novembro de 2023”, afirma o diretor geral da CMPC no Brasil, Mauricio Harger.
Um incremento de 15 mil hectares nas florestas de eucaliptos geraria capacidade de 350 mil toneladas a mais na produção de celulose. Para isso, a empresa está disposta a conceder alguns benefícios aos produtores, como o fornecimento das mudas e a responsabilidade pela questão logística.
Porém, os principais são a garantia de compra da madeira ao produtor, a possibilidade de pagamento antecipado de até 70% na produção, em alguns casos, e a possibilidade de subsídio financeiro para implantação.
Outras medidas de incentivo presentes no programa são o suporte técnico para o cultivo, apoio para a implementação do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (Prad), auxílio da empresa no combate a incêndios florestais e suporte técnico ao licenciamento ambiental.
Essas medidas valem tanto para atuais produtores de eucaliptos quanto para proprietários rurais que queiram aderir a essa cultura. “O produtor não precisa ter experiência com silvicultura, a gente dá a assistência técnica, a gente ensina. O produtor sempre tem aquela área que não é usada, que não achou uma cultura que se adapte. Via de regra, a silvicultura entraria nesse tipo de produção, em áreas de baixa utilização ou de não utilização”, convida Harger.
Apenas 4,3% do total de estabelecimentos agropecuários do Rio Grande do Sul investem na silvicultura produtiva. 81% destes produtores possuem dedicação exclusiva no negócio. Eles estão presentes em 71 municípios gaúchos, majoritariamente na metade norte do Estado.
São quatro modalidades, entre parcerias e fomentos, para os produtores que queiram aderir ao programa. Os interessados devem preencher cadastro no site do programa: rsmaisrenda.com.br.
Fonte: Agrolink
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