Vale a pena armazenar em silo-bolsa?
quinta-feira, dezembro 16, 2021
Com as várias previsões de novo recorde para a safra de grãos brasileira 2021/22, é hora de se preocupar com um velho conhecido do produtor: o gargalo da armazenagem. Para se ter uma ideia, na colheita passada (2020/21) a defasagem de armazenamento chegou a 30%, uma vez que o investimento em armazenagem estática não ocorre na mesma intensidade que o aumento de produção.
O engenheiro agrônomo Diego Schmidt destaca os silos-bolsa como opção rápida e mais acessível aos produtores. “O produtor ao fazer o seu planejamento da safra, após o plantio, ele consegue dimensionar se precisará complementar sua capacidade de armazenagem, recorrendo, então, como uma alternativa ao sistema silo-bolsa”, destaca ele, que trabalha na inteligência de mercado da Silox, empresa do grupo Nortène.
Ainda segundo Schmidt, o produtor faz seu dever de casa no quesito produtividade, mas precisa se programar para a armazenagem estratégica de sua produção. Geralmente as épocas de maior demanda ocorrem pouco antes das colheitas de safra verão (dezembro a março) e na segunda safra ou safrinha (abril a junho). “O importante é o produtor ser o dono do seu negócio e não depender de alternativas que lhe onerem os custos”, acrescenta.
De acordo com o especialista, comparando com o silo metálico, fatores como vida útil, custo de implantação, tempo de construção, mão-de-obra e capacidade de armazenagem, os silo-bolsa representam uma economia de cerca de 40%, ponderando o mesmo volume armazenado em ambos os sistemas.
“Já quando consideramos a armazenagem em terceiros (cooperativas, graneleiras e outros produtores), a economia chega a 80%”, destaca Schmidt. Outro ponto que chama a atenção é sua facilidade logística dentro da fazenda, podendo ser deslocado para áreas diferentes conforme a necessidade de cada produtor. “Ele também mantém a qualidade e a umidade dos grãos. Mas, o principal benefício é a possibilidade de comercializar o estoque no melhor momento possível, com fretes mais baratos, ou seja, com a possibilidade de maior rentabilidade”, aponta o profissional.
Fonte: Agrolink
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