Índice de Desenvolvimento Humano da ONU inclui variante pegada de carbono
quarta-feira, dezembro 16, 2020
As Nações Unidas lançaram esta terça-feira o Relatório de Desenvolvimento Humano 2020 com o título “A Próxima Fronteira: Desenvolvimento Humano e o Antropoceno”. Este é o 30º aniversário da publicação.
Noruega, Irlanda, Suíça, a Região Administrativa Especial de Hong Kong, Islândia, Alemanha, Suécia, Austrália, Holanda e Dinamarca estão no topo do relatório com os melhores índices de desenvolvimento humano, IDH. No outro extremo, o Níger tem o índice mais baixo depois de Burquina Fasso, Serra Leoa, Mali, Burundi, Sudão do Sul, Chade e República Centro-Africana.
Lusófonos
Este ano, o relatório do Programa da ONU para o Desenvolvimento, Pnud, inclui variantes como as taxas de CO2, as emissões que causam o efeito estufa e a medição da pegada de carbono dos países.
O relatório aponta ainda a exigência para essa próxima fronteira para o desenvolvimento humano: “trabalhar com e não contra a natureza, enquanto se transformam normas sociais, valores e incentivos governamentais e financeiros.”
Acordo de Paris
Com base em projeções até 2100, o documento adverte que os países mais pobres poderiam experimentar até mais 100 dias de clima extremo devido às mudanças climáticas a cada ano.
Essa cifra poderia ser cortada pela metade se o Acordo de Paris sobre mudanças climáticas fosse totalmente implementado.
O diretor de Gabinete de Relatório de Desenvolvimento Humano do Pnud disse que a forma como se refletem as pressões planetárias sobre as pessoas está ligada à forma como as sociedades funcionam. Pedro Conceição defende as sociedades disfuncionais estão colocando as pessoas e o planeta em rota de colisão.
O relatório defende que são disparidades dentro e entre países, com raízes profundas no colonialismo e no racismo, que levam economias com mais poder a capturar os benefícios da natureza e a exportar os custos.
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