FAO: ambientes rurais e urbanos devem se unir para garantir segurança alimentar
sexta-feira, maio 31, 2019
Ambientes rurais e urbanos devem se relacionar de forma engajada para atingir os objetivos globais de garantir segurança alimentar e nutrição para todos, assim como combater as mudanças climáticas.
A avaliação foi feita pelo diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), José Graziano da Silva, em mensagem de vídeo para a abertura do 1º Fórum Regional das Cidades Latino-Americanas Signatárias do Pacto de Milão sobre Política de Alimentação Urbana, que acontece até sexta-feira (31) no Rio de Janeiro.
Segundo Graziano, para atingir tais objetivos é necessário preservar os recursos naturais e, sobretudo, a biodiversidade do planeta, integrando ações sustentáveis e responsáveis desde a produção até o consumo de alimentos.
Ambientes rurais e urbanos devem se relacionar de forma engajada para atingir os objetivos globais de garantir segurança alimentar e nutrição para todos, assim como combater as mudanças climáticas.
A avaliação foi feita pelo diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), José Graziano da Silva, em mensagem de vídeo para a abertura do 1º Fórum Regional das Cidades Latino-Americanas Signatárias do Pacto de Milão sobre Política de Alimentação Urbana, realizada na quarta-feira (29) no Rio de Janeiro.
Segundo ele, para atingir tais objetivos, é necessário preservar os recursos naturais e, sobretudo, a biodiversidade do planeta, integrando ações sustentáveis e responsáveis desde a produção até o consumo de alimentos.
O evento, que acontece até sexta-feira (31) e é organizado pela Prefeitura do Rio de Janeiro, reúne especialista de FAO, Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) e Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (ONU-HABITAT), além de representantes de 14 cidades signatárias do Pacto de Milão. O objetivo é debater políticas alimentares seguras, inclusivas e sustentáveis, que envolvam questões como diversidade, respeito à natureza e minimização do desperdício.
Segundo o subsecretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Planejamento do Rio de Janeiro, Epitácio Brunet, os participantes debaterão formas de assegurar alimentação de qualidade para todos, sinalizando para os governantes que as políticas públicas voltadas para a alimentação têm que ter seus recursos assegurados.
“O evento facilitará a construção de uma rede de troca de informações sobre as melhores práticas entre as cidades, e vai gerar conscientização e pontes de cooperação”, opinou.
Na opinião do representante da FAO no Brasil, Rafael Zavala, essa integração e compartilhamento de conhecimento entre as cidades e os países é necessária para que a alimentação e a agricultura sejam vistas como soluções para um futuro melhor, e não como problemas.
“Até 2050, com a população global se aproximando dos 10 bilhões de habitantes, nosso suprimento de alimentos estará sob forte estresse. A demanda será 60% maior do que é hoje, mas a mudança climática, a urbanização e a degradação dos solos terão reduzido a disponibilidade de terras aráveis. Não há mais espaço para se produzir alimentos que não seja de forma sustentável, focando nos produtos frescos e locais”, destacou Zavala.
O Rio de Janeiro, escolhido entre as 187 cidades signatárias do Pacto de Milão, recebe o fórum graças a seu protagonismo no setor de segurança alimentar. Um dos destaques da atuação da cidade no tema é o Programa de Restaurantes Populares, que já serviu 2,7 milhões de refeições com cardápio saudável a preços simbólicos nas unidades de Bangu, Campo Grande e Bonsucesso. O programa de alimentação escolar da cidade também é outro exemplo da atuação da cidade, oferecendo, diariamente, 1,5 milhão de refeições saudáveis em unidades de ensino.
Até sexta-feira, o Fórum, que é realizado no Museu de Arte do Rio (MAR), oferecerá palestras, mesas-redondas e workshops que vão discutir temas como “Alimentação e identidade”, “Território e sustentabilidade” e “Realizações e desafios dos sistemas de alimentação urbana da América Latina”. Ao final do evento, as autoridades participantes assinarão a Declaração do Rio, um documento com compromissos gerais para uma aliança latino-americana das cidades signatárias do Pacto de Milão.
I Fórum da Rede de Alimentação Escolar Sustentável
Paralelamente ao evento, foi realizado na tarde de quarta-feira (29) e na manhã desta quinta-feira (30) o I Fórum da Rede de Alimentação Escolar Sustentável dos países da América Latina e do Caribe.
Com a presença de gestores de 19 países da América Latina e Caribe e de dirigentes do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), o Fórum discutiu a alimentação escolar como mecanismo de ação em favor da Década de Ação sobre a Nutrição e da Agenda de Desenvolvimento Sustentável 2030. A Rede se propôs a subsidiar o debate junto às cidades signatárias do Pacto de Milão.
Segundo a coordenadora do Projeto de Consolidação dos Programas de Alimentação Escolar na América Latina e Caribe, Najla Veloso, a intenção da Rede é fortalecer e consolidar uma política nacional que atenda todos os estudantes.
“Esses números de má nutrição, obesidade, baixos indicadores de aprendizagem e rendimento e altos indicadores de absenteísmo não vão melhorar sem que tenhamos clareza de que, sejam filhos de ricos ou pobres, todos precisam se educar com relação a alimentação. E a melhor maneira que a gente tem de fazer isso é oferecendo, de forma sistemática, contínua e responsável, uma alimentação adequada nas escolas em todos os dias letivos”, disse Najla.
Pacto de Milão
O Pacto de Milão sobre Política de Alimentação Urbana foi assinado em outubro de 2015 na cidade italiana que dá nome ao documento e representa um dos legados mais importantes da EXPO 2015, evento mundial cujo tema foi “Nutrir o Planeta, Energia para Vida”.
O objetivo da iniciativa é criar uma rede de cidades comprometidas com o desenvolvimento e a implementação de sistemas alimentares sustentáveis. O Pacto estimula a troca de ideias e de sugestões sobre como abordar concretamente problemas comuns sobre temas que envolvam alimentação.
Estão previstas duas outras reuniões este ano. O 3º Fórum Regional das cidades signatárias africanas de língua francesa será realizado em Niamey, Níger, em junho. Em outubro será a vez de Montpellier, França, sediar o 5º Encontro anual das cidades signatárias do Pacto.
Fonte: Nações Unidas
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