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“Teremos que usá-lo para produzir cada vez mais, mas ao mesmo tempo cuidar do meio ambiente."
Um grupo de produtores de frutas do Uruguai, em parceria com um programa de manejo de pragas desenvolvido pelo Ministério da Pecuária e pela Faculdade de Agronomia, conseguiram reduzir o uso de pesticidas químicos entre 80% e 90%. De acordo com eles, o fato só foi possível graças a aplicação de técnicas de controle biológico de pragas da citricultura.
Segundo Sergio Vola, que é produtor de maçãs, pêssegos, ameixas, peras e damascos, o princípio desta nova técnica é basicamente causar uma confusão entre o macho e a fêmea, para que eles não consigam se reproduzir e gerar outras pragas. O produtor já faz parte do programa há seis anos, assim como 400 outros produtores uruguaios.
“É basicamente confundir, digamos, o macho com a fêmea que queremos controlar, com o uso de emissores de feromônios em plantas, que expelem um odor que consegue confundir a fêmea e atrair o macho. Então, se concentrarmos bastante este odor, o macho não consegue saber de onde ele vem e não conseguirá, em hipótese alguma, encontrar a fêmea. Desta forma não se reproduzem e, por consequência, se elimina as próximas gerações dessas pragas”, comenta Vola, em entrevista para o portal teledoce.com.
Este programa de controle de pragas, que consegue reduzir a aplicação de produtos agroquímicos e inseticidas, já foi aplicado em aproximadamente 95% da produção de frutas do Uruguai, o que representa 3.700 hectares. O ministro da Pecuária destacou que o programa teve um resultado "muito positivo" ao reduzir o uso de pesticidas entre 80% e 90%. Ele disse que se trata da “natureza a serviço da produção".
“Teremos que usá-lo (controle biológico) para otimizar a produtividade, produzir cada vez mais, mas ao mesmo tempo cuidar do meio ambiente. Por isso essa é uma ferramenta bem importante”, conclui.
Fonte: Agrolink
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