Emissões mundiais de CO2 voltam a crescer após três anos de estabilidade
terça-feira, novembro 14, 2017
Emissões mundiais de CO2 voltam a crescer após três anos de estabilidade
Bonn (Alemanha), 13 nov (EFE).- As emissões mundiais de dióxido de carbono (CO2) procedentes da queima de combustíveis fósseis crescerão 2% em 2017 após três anos de estabilidade, devido fundamentalmente ao maior uso de carvão na China, segundo demonstra o Orçamento Global de Carbono.
Este estudo, denominado em inglês Carbon Budget Project, que é elaborado anualmente por cerca de 80 cientistas de 15 países e que será publicado na revista científica "Nature Climate Change", foi apresentado nesta segunda-feira pelos seus autores principais na Cúpula do Clima de Bonn (COP23).
A sua principal conclusão é que 2017 fechará com 37 bilhões de toneladas de dióxido de carbono a mais na atmosfera pela queima de combustíveis fósseis, o que representa um aumento de 2% com relação ao número do ano anterior, com uma margem de erro de entre 0,8% e 3%.
Se a esse número fosse somado o resto de emissões de CO2 causadas por outras atividades como o desmatamento, 2017 terminaria com 41 bilhões de toneladas a mais de CO2.
Glen Peters, diretor do centro de pesquisa CICERO em Oslo e um dos autores principais, afirmou que "o aumento das emissões em 2017 se deve principalmente ao crescimento das emissões da China, que aumentarão 3,5% após dois anos estabilizados".
Os cientistas apontaram diretamente a um maior uso do carvão (3% a mais que em 2016), que continua sendo a principal fonte de energia na China, e a uma menor geração hidrelétrica como os fatores causadores do aumento de emissões do gigante asiático, que é fundamental no resultado global já que é responsável por 28% dos gases.
Não entato, o número de crescimento de emissões na China é inferior ao aumento de seu Produto Interno Bruto (PIB) previsto para 2017, que é 6,8%.
O estudo também prevê que os gases da Índia cresçam 2%, um número inferior ao número médio de aumento de emissões deste país na última década (6%) e inferior também à previsão do crescimento de seu PIB, de 6,7%.
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