MEIO AMBIENTE. Senador destaca a destruição da camada de ozônio pela ‘estupidez humana’
FOTO: AGÊNCIA SENADO
Fernando Collor fez discurso no Senado para alertar a sociedade
para a ‘irresponsabilidade’ do crescimento econômico desenfreado e
nocivo ao meio ambiente
Em sessão temática na tarde de ontem, o Senado debateu o legado
deixado pela RIO-92 para o mundo, realizado na cidade do Rio de Janeiro
durante a então presidência de Fernando Collor de Mello. Lideranças de
mais de 170 países marcaram presença na conferência há 25 anos e
assinaram os acordos climáticos. Hoje, como senador, Collor fez mais um
chamamento para a sociedade mundial despertar para a necessidade de uma
convivência harmoniosa com o meio ambiente, sobretudo agora que os
Estados Unidos da América (EUA) saíram do Acordo de Paris.O senador reforçou que as consequências do aquecimento global não se combatem com políticas isolacionistas e defendeu a criação da Instituição Ambiental Independente, com o objetivo de acompanhar e articular com foros e assembleias de nações mais reticentes o cumprimento das metas do Acordo de Paris.
Durante o discurso realizado na tribuna do Senado, Collor destacou que não existem fronteiras para o meio ambiente e, portanto, a preservação ambiental não admite barreiras nem muros que possam salvar um país em detrimento de outro. Diante de medidas que colocam em xeque os termos que protegem o meio ambiente, o ex-presidente destacou que não há como isolar a poluição, circunscrever os seus danos ou criar campânulas particulares. Ao contrário, disse ele, a população tem apenas uma redoma que encobre todo o planeta.
“A redoma da camada de ozônio que, progressivamente, está sendo destruída pela cegueira, pela irresponsabilidade e pela estupidez humana”, apontou. O pronunciamento do parlamentar foi acompanhado com atenção e, em seguida, recebeu o aplauso de senadores e representantes de diversas nações que estão no País para celebrar o legado da Rio 92.
“O aquecimento global é fenômeno incontestável, a despeito do ceticismo de uma minoria. A extinção de espécies marinhas e animais é real. Os ecossistemas estão se desintegrando. Os mananciais se contaminam. O desmatamento avança. As calotas polares degelam, a ponto de já servirem como rotas comerciais, como o Caminho do Ártico. Países irão desaparecer com a elevação dos mares. Chegamos ao extremo de uma nação, como Kiribati, ter comprado 2.400 hectares de florestas em Vanua Levu, das Ilhas Fiji, como precaução para estoque de alimentos e talvez como futuro lar para parte de seus habitantes. O aquecimento global, portanto, é o tsunami planetário. A diferença é que ondas gigantes destroem, mas passam e permitem a reconstrução. O aquecimento global, não! É irreversível!”, alertou.
Fonte: Gazeta WEB
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