Um dos grandes desafios da agropecuária mundial para os próximos anos é, sem dúvida, conseguir fornecer alimentos para uma população que não para de crescer utilizando a mesma área. Pensando nesta meta, há alguns anos o Brasil vem estudando e aprimorando o sistema batizado de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), que integra diferentes sistemas produtivos, agrícolas, pecuários e florestais dentro de uma mesma área e que já produziu diversos casos de sucesso em fazendas espalhadas pelo país.
Para fazer um raio-x do sistema que promete revolucionar a agropecuária brasileira nos próximos anos, o Canal Rural foi até do 11º Dia de Campo sobre o sistema ILPF realizado na Fazenda Santa Brígida, em Ipameri (GO). Antes de começar a nossa imersão no assunto, acompanhe os resultados do estudo científico promovido pela AgBalance que compara a sustentabilidade da produção pela ILPF com sistemas convencionais e saiba como o Brasil está contribuindo para uma agricultura mais sustentável.
Para fazer um raio-x do sistema que promete revolucionar a agropecuária brasileira nos próximos anos, o Canal Rural foi até do 11º Dia de Campo sobre o sistema ILPF realizado na Fazenda Santa Brígida, em Ipameri (GO). Antes de começar a nossa imersão no assunto, acompanhe os resultados do estudo científico promovido pela AgBalance que compara a sustentabilidade da produção pela ILPF com sistemas convencionais e saiba como o Brasil está contribuindo para uma agricultura mais sustentável.
Segundo Paulo Herrmann, Presidente da Rede de Fomento - uma parceria público-privada que tem como objetivo a aceleração da aplicação do modelo ILPF -, o encontro em Goiás marcou o início da segunda etapa da aplicação do sistema no Brasil, que deverá tornar o sistema ainda mais profissional. “Estamos iniciando a etapa dois. A divulgação foi o ponto forte da primeira etapa e agora precisamos agregar valor na formação profissional, serviços ambientais e certificações", disse.
A organização agora vai percorrer o mundo divulgando o sistema. "Nós vamos viajar o mundo, onde estão os formadores de opinião e dizer que sabemos produzir e preservar. Nós, do Brasil, vamos alimentar o mundo”, falou.
A organização agora vai percorrer o mundo divulgando o sistema. "Nós vamos viajar o mundo, onde estão os formadores de opinião e dizer que sabemos produzir e preservar. Nós, do Brasil, vamos alimentar o mundo”, falou.
Paulo Herrmann
Presidente da Rede de Fomento
Mas, afinal de contas, todo esse investimento vale à pena? Para produtores rurais que passaram pela fase de adaptação a resposta é uma só: SIM. Mas todos eles alertam para a necessidade de disciplina, estudo da propriedade e acompanhamento de profissionais capacitados.
Vamos conhecer agora quatro casos diferentes de produtores rurais que decidiram investir no sistema ILPF e já estão colhendo os frutos. A primeira história é da produtora rural Maria Fernanda Guerreiro que, ao lado do marido, Luiz Fernando da transformaram uma pequena propriedade em Brotas, no interior de São Paulo, em um exemplo de inovação e preservação da natureza.
Vamos conhecer agora quatro casos diferentes de produtores rurais que decidiram investir no sistema ILPF e já estão colhendo os frutos. A primeira história é da produtora rural Maria Fernanda Guerreiro que, ao lado do marido, Luiz Fernando da transformaram uma pequena propriedade em Brotas, no interior de São Paulo, em um exemplo de inovação e preservação da natureza.
O Sítio Nelson Guerreiro produz laranja de variedades rubi, pera e charmute de Brotas, que é um produto autêntico da região. Além disso, a propriedade produz fubá de milho integral, sem glúten e moído em moinho de pedra. Na parte de floresta, é produzida lenha de eucalipto de árvores plantadas para lareira, fogão à lenha e churrasco.
"A minha propriedade é pequena, tem 106 hectares. Sou considerada média produtora e hoje estamos trabalhando em 45 hectares no modo ILPF e posso dizer que estou muito feliz", disse Maria Fernanda.
A família vivia apenas do plantio de laranja quando, em 2008, resolveu diversificar e apostar em um modelo que estava sendo divulgado pela Embrapa. A partir de 2009, então, a família começou a implantar as mudanças.
“No ano de 2011, nós fizemos o primeiro plantio primário de floresta e, no mesmo ano, estabelecemos o (sistema) Lavoura-Pecuária-Floresta”, falou.
"A minha propriedade é pequena, tem 106 hectares. Sou considerada média produtora e hoje estamos trabalhando em 45 hectares no modo ILPF e posso dizer que estou muito feliz", disse Maria Fernanda.
A família vivia apenas do plantio de laranja quando, em 2008, resolveu diversificar e apostar em um modelo que estava sendo divulgado pela Embrapa. A partir de 2009, então, a família começou a implantar as mudanças.
“No ano de 2011, nós fizemos o primeiro plantio primário de floresta e, no mesmo ano, estabelecemos o (sistema) Lavoura-Pecuária-Floresta”, falou.
No ano seguinte, a família criou outra área, dessa vez apenas para o sistema envolvendo pecuária e floresta. “Fizemos um projeto da Esalq - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz -, com a plantação de vários tipos de eucaliptos para saber qual melhor se adaptava.”
Após fazer uma série de testes com os eucaliptos, Maria Fernanda e seu marido decidiram optar pela linha simples e, desta maneira, concluíram a plantação das árvores em 2014.
Após fazer uma série de testes com os eucaliptos, Maria Fernanda e seu marido decidiram optar pela linha simples e, desta maneira, concluíram a plantação das árvores em 2014.
Presente
No ano de 2017, o casal se orgulha de criar bezerros de nelore com angus e fazer recria de novilhas. “Temos 1,7 unidade por hectare de animais ao ano. Sem adubação de pastagem, pois plantamos milho no ciclo”, frisou.
Com o sistema em módulo avançado, a família produz além do gado, cerca de 3 hectares de milho, de onde tira o fubá integral que é vendido para vários restaurantes e tem como principal cliente a chef Paola Carrossela, estrela do Masterchef Brasil.
Com o material dos eucaliptos, a fazenda produz lenha como produto de desbaste e desrama. Segundo Maria Fernanda, o material oferecido é uma lenha fina ideal para lareira e churrasqueira. Também na área de floresta, o Sítio Nelson Guerreiro produz mel, que é vendido nas feiras regionais.
No ano de 2017, o casal se orgulha de criar bezerros de nelore com angus e fazer recria de novilhas. “Temos 1,7 unidade por hectare de animais ao ano. Sem adubação de pastagem, pois plantamos milho no ciclo”, frisou.
Com o sistema em módulo avançado, a família produz além do gado, cerca de 3 hectares de milho, de onde tira o fubá integral que é vendido para vários restaurantes e tem como principal cliente a chef Paola Carrossela, estrela do Masterchef Brasil.
Com o material dos eucaliptos, a fazenda produz lenha como produto de desbaste e desrama. Segundo Maria Fernanda, o material oferecido é uma lenha fina ideal para lareira e churrasqueira. Também na área de floresta, o Sítio Nelson Guerreiro produz mel, que é vendido nas feiras regionais.
Desafios
Após seis anos dentro do ILPF, Maria Fernanda disse que alguns desafios ainda precisam ser vencidos, como, por exemplo, as árvores que estavam plantadas em linhas duplas e triplas e que tinham o desenvolvimento prejudicado por causa do sombreamento das árvores vizinhas.
Fora isso, a família garante que o sistema transformou a realidade do sítio e ampliou a produção em todas as áreas.
Após seis anos dentro do ILPF, Maria Fernanda disse que alguns desafios ainda precisam ser vencidos, como, por exemplo, as árvores que estavam plantadas em linhas duplas e triplas e que tinham o desenvolvimento prejudicado por causa do sombreamento das árvores vizinhas.
Fora isso, a família garante que o sistema transformou a realidade do sítio e ampliou a produção em todas as áreas.
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