Pastagens degradadas em MS é tema de palestras na 79ª Expogrande
sexta-feira, abril 07, 2017
Os temas têm como foco a reforma de pastagens, gestão e lucratividade |
Na abertura do ciclo, o Presidente da Acrissul, Jonatan Pereira Barbosa, falou um pouco sobre o assunto: “Áreas degradadas são uma situação muito preocupante. O que produzimos por hectare poderia ser três ou quatro vezes mais se estivéssemos recuperando as pastagens”, concluiu.
O evento tem como objetivo, discutir e encontrar caminhos para recuperar e manter a capacidade produtiva de áreas com pastagens degradadas em seus diferentes graus de degradação. Estima-se que Mato Grosso do Sul possua de sete a nove milhões de hectares de áreas degradadas.
A degradação das pastagens é um dos maiores problemas da agropecuária brasileira, afetando diretamente a sustentabilidade do sistema produtivo. Caracteriza-se como degradação de pastagem, o processo evolutivo de perda de vigor, produtividade e da capacidade de recuperação natural de uma dada pastagem, tornando-a incapaz de sustentar os níveis de produção e qualidade exigidos. Várias podem ser as causas de degradação: preparação e conservação de solo inadequadas, ausência ou uso inadequado de adubação, manejo animal inapropriado ou aplicação incorreta de conservação do solo após pastejo.
Em Mato Grosso do Sul, as plantações de grãos como soja e milho, correspondem a cerca de quatro milhões de hectares, segundo dados do sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga MS), correspondendo a 46% do total de área plantada. O rebanho de bovinos, frangos e suínos, correspondem a 19 a 21 milhões de cabeças. Sendo o consumo de soja e milho, como farelos para alimentação, especialmente de frango e suínos, a necessidade de integrar agricultura e pecuária, se faz latente em nosso Estado.
Em sua palestra, o Secretário de Estado de Produção e Agricultura Familiar, Fernando Mendes Lamas, falou sobre o programa do governo do Estado “Terra Boa”, que tem como objetivo promover o aumento da produção e da produtividade, ampliar a competitividade do agronegócio, fortalecendo as cadeias produtivas, além de reduzir os eventuais passivos ambientais e mitigar a emissão de Gases de Efeito Estufa (GEEs). “O governo do Estado pretende ser o indutor de um processo onde possamos melhorar a atividade agropecuária, aumentar a produção de grãos e aumentar a área cultivada. Temos hoje dois milhões e setecentos mil hectares cultivados. É possível aumentar esse número sem diminuir o rebanho, muito pelo contrário, com integração, podemos aumentar a pecuária em Mato Grosso do Sul”, concluiu Fernando.
A meta do programa é recuperar, dois milhões de hectares de pastagens degradadas por meio da integração pecuária-lavoura, pecuária-lavoura-floresta, pecuária-floresta e pela renovação da pastagem pela pastagem, para isso aposta na mobilização e capacitação, assistência técnica, financiamento, infraestrutura e logística e incentivos fiscais: “Antigamente, ouvíamos dizer que para produzir, precisava-se somente de terra, trabalho e dinheiro. Hoje, vemos que só isso não garante o sucesso do agricultor, do pecuarista. Aliado a isso, precisamos de conhecimento para melhor gestão, recuperação e reforma de pastagens e lucratividade”, diz Fernando Lamas.
79ª Expogrande
A Expogrande acontece até o dia 09 de abril no Parque de Exposições Laucídio Coelho, em Campo Grande (MS), e conta com extensa agenda de leilões, competições e palestras técnicas, além de shows e oportunidades facilitadas de negócios.
Mais informações diretamente na Acrissul pelo telefone (67) 3345-4200.
Fonte: G1.Globo.com
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