Representantes do setor de biodiesel participaram de uma reunião na Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead) na tarde desta terça-feira (04), para pedir apoio no pleito da antecipação da mistura B9, que indica 9% de biodiesel adicionado ao diesel comum. No Brasil, a mistura vigente é de 8% (B8). Além dessa demanda, a comitiva também propôs sugestões de melhoria para o Selo Combustível Social (SCS).
Reunidos com o secretário José Ricardo Roseno estiveram presentes o senador do Mato Grosso, Cidinho Santos, o superintendente da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), Donizete Torkarski, além do diretor executivo da entidade, Sérgio Beltrão. Do corpo técnico da Sead, participaram o subsecretário de Agricultura Familiar, Everton Augusto, o coordenador geral de Assuntos Parlamentares, Diogo Telles, e o consultor da coordenação geral de Agroecologia e
Energias Renováveis, Matheus Borato.
Em março deste ano, o setor de biodiesel ganhou um impulso para aumentar a produção nacional. O Governo Federal estabeleceu, pela lei nº 9.478, o aumento de 7% para 8% no teor de biodiesel ao diesel comum já em 2017. Ou seja, do B7 para o B8. A mesma lei também estabelece que o país passe a produzir o B9 em até 24 meses. Dessa forma o setor tem se mobilizado para adiantar o aumento da mistura.
Energia renovável
O biodiesel é um biocombustível, produzido a partir de fontes renováveis. No Brasil, as principais matérias-primas são a soja, a gordura animal (bois, galinhas e porcos) e óleos de vegetais como o dendê, a palma, a canola e o algodão.
Para apresentar o percentual de biodiesel adicionado ao diesel fóssil é usada sempre a letra B (Blend = mistura) acompanhada do numeral que indica o teor: B8 (8% de biodiesel no diesel comum), B100 (biodiesel puro).
O produto é utilizado na substituição do diesel comum em motores automotivos (como de caminhões, tratores, camionetas, automóveis) ou estacionários (geradores de eletricidade, calor), de forma pura ou misturada ao diesel em diversas proporções.
Entre as principais vantagens está a redução na emissão de poluentes, que pode chegar a 70% se comparado ao diesel comum. Dessa forma, o uso do biodiesel contribui também para a diminuição de doenças respiratórias ligadas à poluição atmosférica.
O superintendente Ubrabio reforça que as vantagens ambientais se somam às dos campos econômicos e sociais. “A produção de biodiesel envolve a agricultura familiar, então promove inclusão e gera emprego e renda para milhares de pessoas. Além disso, ela também é um fator favorável para a balança comercial brasileira, pois nós deixamos de comprar diesel e petróleo de fora”, explica.
Fonte: Secretaria Especial de Agricultura Familiar do Desenvolvimento Agrário
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