Rondônia se destaca com projetos de floresta plantada e sequestro de carbono
terça-feira, novembro 29, 2016
Floresta Plantada em Vilhena - Foto: Sedam |
Com o compromisso de diminuir as emissões de gases de efeito estufa (CO2) em 37% abaixo dos níveis de 2005 até 2025, o Governo Brasileiro repassou aos estados o grosso desse compromisso, e neste cenário Rondônia se destaca com programas e projetos importantes capazes de atrair instituições internacionais, interessadas em fazer parceiras nos projetos de sequestro de carbono, entre outros.
Curta nossa página no Facebook para ficar por dentro das novidades do mercado da Macaúba!
Segundo o gestor ambiental Eliezer Oliveira, assessor especial do Governo de Rondônia, são muitas as iniciativas e medidas implantadas pelo Estado em direção à preservação ambiental, ao desenvolvimento sustentável, que privilegiam simultaneamente a natureza e o homem (amazônida) como parte do ambiente. Entre essas medidas, o destaque é o projeto rondoniense de Florestas Plantadas, que está recuperando milhares de hectares de áreas degradadas com o plantio de árvores nativas, que hoje representa a melhor estratégia de Governo para ampliar as medidas do projeto de sequestro de carbono.
Coincidência ou não, o governador Confúcio Moura foi o único representante brasileiro na reunião anual da Força Tarefa de Governadores para Clima e Floresta (GCF Task Force), realizado de 29 de agosto a 02 de setembro último, na cidade de Guadalajara, no México, que tem por objetivo ampliar discussões e unir os 29 países (estados) com entendimento similar no planeta, sobre a necessidade de conservação das florestas tropicais do mundo. Acompanharam o governador, o secretário Vilson de Salles, de Desenvolvimento Ambiental (Sedam), e o assessor Eliezer Oliveira.
A divulgação da Lei de Florestas Plantadas (Lei Estadual nº 873/16) foi um dos principais destaques da reunião em Guadalajara, pelo seu conteúdo, alcance e praticidade. Por meio dela o Governo incentiva a plantação de florestas nativas, com orientação e assessoria de manejo, prevê a extração concomitante com o replantio, ao mesmo tempo em que recupera suas áreas degradadas – capoeiras que foram utilizadas para a plantação de lavouras ou pastagens e que foram abandonadas. A exposição desse projeto rondoniense mereceu aplausos e passou a atrair interessados pelo mundo, principalmente da Europa.
Entusiasta e conhecedor dos projetos do Governo nesta área, Eliezer Oliveira disse que Estado de Rondônia tem feito grande esforço para reduzir a emissão de gases de efeito estufa, ampliando sua capacidade de trabalho e fiscalização para evitar desmatamento, orientando as atividades no campo, ao mesmo tempo que capacita seus técnicos nesta direção. Essas simples medidas têm o poder de diminuir a ação predatória sobre as florestas, com a limitação ou eliminação dos planos de manejo frios “clandestinos”, que aos poucos vão diminuindo a pressão sobre o uso das áreas de florestas nativas, que vão sendo substituídas pelas áreas de capoeiras abandonadas.
Mas isso não é tudo. Segundo ele, por orientação direta do governador Confúcio Moura, um grupo de técnicos da Sedam e especialistas liderados pelo secretário Vilson de Salles, trabalham na construção da Lei de Governança Climática e Serviços Ambientais do Estado, que até junho de 2017 deve ser votada pela Assembleia Legislativa. Na visão de Oliveira, ela traz um texto inovador sobre a relação do homem com os recursos ambientais, limites e penalidades para seu descumprimento, e por isso vem sendo discutida e aprimorada desde 2013, e vai a consulta pública em fevereiro próximo.
Eliezer Oliveira falou por fim do Projeto Carbono Floresta em execução nas terras (reserva) dos povos indígenas Suruí, prevendo o estabelecimento pleno do regime de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD), que implica não apenas na manutenção da floresta propriamente dita, mas também no esforço contínuo para a recomposição de áreas degradadas, com o consequente plantio de novas áreas de florestas. Segundo ele, esta medida reforça e amplia a capacidade de sequestro de carbono, eis que quanto maior for a área de floresta nova, maior é o desempenho da captação (sequestro) de CO², em termos de produtividade.
Texto: Cleuber R Pereira
Fotos: Sedam
Secom - Governo de Rondônia
0 comentários
Agradecemos seu comentário! Volte sempre :)