O biodiesel, combustível de fonte renovável do qual Mato Grosso é o segundo maior produtor no país, acumula significativo potencial de aumento na matriz energética brasileira para os próximos anos. Estima-se que a produção deva saltar de 4 bilhões de litros processados, anualmente, para 18 bilhões de litros em 2030, segundo a Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil (Aprobio). A projeção é baseada no trabalho conjunto que o setor produtivo do biocombustível apresentou ao Ministério das Minas e Energia (MME), dentro do programa RenovaBio – Biocombustíveis 2030.
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A evolução resultará, em grande parte, dos efeitos da Lei 13.263/16, que prevê o aumento gradativo da mistura de biodiesel por litro de óleo diesel mineral, hoje em 7% (B7) e, a partir de março de 2017, 8%. Em 2018 a mistura será de 9% e, no ano seguinte, 10%, ou B10, com possibilidade de se chegar a B15 nos anos seguintes, percentual que ainda poderá ser maior, no mínimo B20 em 2030.
Para os representantes do setor, o estado de Mato Grosso, com atuais 15 indústrias em atividade, poderá ter grandes oportunidades de investimentos, com a instalação de novas unidades industriais e fortalecimento do agronegócio regional. O Sindicato das Indústrias de Biodiesel em Mato Grosso (SindiBio-MT) espera um crescimento aproximado de 50% na produção do combustível nos próximos três anos. “Essa mudança é um ganho para todos: pequenos produtores, grandes agricultores, indústria, a população em geral, com a abertura de novos postos de trabalho, além da saúde pública e meio ambiente, pois o biodiesel é um combustível verde, limpo, renovável e barato”, afirma o presidente do SindiBio-MT, Rodrigo Prosdócimo Guerra, otimista com o crescimento do setor.
Segundo Guerra, o aumento do índice para 8% ajudará muitas empresas que operam, atualmente, com grande parte da capacidade ociosa. “O biodiesel não deve ser visto apenas como um combustível, principalmente em Mato Grosso, mas como um agregador de valor de toda agropecuária estadual. Industrializaremos o campo com mais esmagamento de grãos, gerando mais óleo vegetal, óleo de algodão, palma de óleo, além do aproveitamento do óleo reciclado de cozinha e utilização de mais gordura animal, que são matérias-primas para a produção do biodiesel. Com esse esmagamento, o Estado produzirá mais farelo para a produção animal, ajudando a indústria da carne a ser mais competitiva, tanto no mercado interno como externo”.
A partir do trabalho do setor entregue ao Ministério das Minas e Energia (MME), o diretor superintendente da Aprobio, Julio Cesar Minelli, afirma que a progressão da mistura de biodiesel ao óleo diesel deverá demandar investimentos da ordem de R$ 22 bilhões até 2030, para a instalação de novas usinas e aumento da capacidade de produção daquelas já em operação. “A medida deve aumentar também a competitividade do parque fabril e expandir os mercados das matérias-primas, como soja, palma de óleo, macaúba e babaçu, por exemplo”. No complexo soja, em que Mato Grosso é o grande celeiro, a expansão do mercado de biodiesel implicará numa utilização de até 65% dos volumes colhidos, algo como 107 milhões de toneladas.
Segundo o estudo das associações que representam o setor do Biodiesel, a participação do combustível renovável na matriz energética brasileira deve alcançar pelo menos 3,31% em 2030. “Este trabalho detalha o potencial do biodiesel perante os compromissos ambientais firmados pelo país em âmbito internacional”, explica Minelli. No seu entender, o esforço e a dedicação são pela construção de um cenário para 2030, com projeções baseadas em premissas fundamentadas.
Para o presidente da Aprobio, Erasmo Carlos Battistella, “o importante, como em qualquer economia que se recupera e busca a estabilização, é a capacidade de se estabelecer o mínimo possível de previsibilidade no planejamento de políticas públicas fomentadoras da produção, do consumo interligado de insumos e matérias-primas, da agregação de valor ao longo da cadeia produtiva, dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias e de inserção do produto nos mercados internacionais”.
Fonte: Informa News
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A evolução resultará, em grande parte, dos efeitos da Lei 13.263/16, que prevê o aumento gradativo da mistura de biodiesel por litro de óleo diesel mineral, hoje em 7% (B7) e, a partir de março de 2017, 8%. Em 2018 a mistura será de 9% e, no ano seguinte, 10%, ou B10, com possibilidade de se chegar a B15 nos anos seguintes, percentual que ainda poderá ser maior, no mínimo B20 em 2030.
Para os representantes do setor, o estado de Mato Grosso, com atuais 15 indústrias em atividade, poderá ter grandes oportunidades de investimentos, com a instalação de novas unidades industriais e fortalecimento do agronegócio regional. O Sindicato das Indústrias de Biodiesel em Mato Grosso (SindiBio-MT) espera um crescimento aproximado de 50% na produção do combustível nos próximos três anos. “Essa mudança é um ganho para todos: pequenos produtores, grandes agricultores, indústria, a população em geral, com a abertura de novos postos de trabalho, além da saúde pública e meio ambiente, pois o biodiesel é um combustível verde, limpo, renovável e barato”, afirma o presidente do SindiBio-MT, Rodrigo Prosdócimo Guerra, otimista com o crescimento do setor.
Segundo Guerra, o aumento do índice para 8% ajudará muitas empresas que operam, atualmente, com grande parte da capacidade ociosa. “O biodiesel não deve ser visto apenas como um combustível, principalmente em Mato Grosso, mas como um agregador de valor de toda agropecuária estadual. Industrializaremos o campo com mais esmagamento de grãos, gerando mais óleo vegetal, óleo de algodão, palma de óleo, além do aproveitamento do óleo reciclado de cozinha e utilização de mais gordura animal, que são matérias-primas para a produção do biodiesel. Com esse esmagamento, o Estado produzirá mais farelo para a produção animal, ajudando a indústria da carne a ser mais competitiva, tanto no mercado interno como externo”.
A partir do trabalho do setor entregue ao Ministério das Minas e Energia (MME), o diretor superintendente da Aprobio, Julio Cesar Minelli, afirma que a progressão da mistura de biodiesel ao óleo diesel deverá demandar investimentos da ordem de R$ 22 bilhões até 2030, para a instalação de novas usinas e aumento da capacidade de produção daquelas já em operação. “A medida deve aumentar também a competitividade do parque fabril e expandir os mercados das matérias-primas, como soja, palma de óleo, macaúba e babaçu, por exemplo”. No complexo soja, em que Mato Grosso é o grande celeiro, a expansão do mercado de biodiesel implicará numa utilização de até 65% dos volumes colhidos, algo como 107 milhões de toneladas.
Segundo o estudo das associações que representam o setor do Biodiesel, a participação do combustível renovável na matriz energética brasileira deve alcançar pelo menos 3,31% em 2030. “Este trabalho detalha o potencial do biodiesel perante os compromissos ambientais firmados pelo país em âmbito internacional”, explica Minelli. No seu entender, o esforço e a dedicação são pela construção de um cenário para 2030, com projeções baseadas em premissas fundamentadas.
Para o presidente da Aprobio, Erasmo Carlos Battistella, “o importante, como em qualquer economia que se recupera e busca a estabilização, é a capacidade de se estabelecer o mínimo possível de previsibilidade no planejamento de políticas públicas fomentadoras da produção, do consumo interligado de insumos e matérias-primas, da agregação de valor ao longo da cadeia produtiva, dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias e de inserção do produto nos mercados internacionais”.
Fonte: Informa News
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