Estudo em Sinop aponta aumento de até 700% na produtividade da pecuária em sistemas integrados
segunda-feira, outubro 24, 2016
Em Mato Grosso, são produzidas 4 arrobas por hectare ao ano, em média. No sistema de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), o rendimento pode chegar a 32 arrobas por hectare em um ano.
Utilização de sistemas integrados de produção possibilita elevar em até 700% a produtividade na pecuária. É o que revela experimento da Embrapa Agrossilvipastoril, em Sinop. Em Mato Grosso, são produzidas 4 arrobas por hectare ao ano, em média. No sistema de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), o rendimento pode chegar a 32 arrobas por hectare em um ano. Esse foi o melhor desempenho obtido na área de integração com lavoura, pecuária e árvores, onde o ganho de produtividade oscilou entre 29 a 32 arrobas por hectare. A segunda opção que mais favorece o rendimento na atividade pecuária é a integração com a lavoura.Curta nossa página no Facebook para ficar por dentro das novidades do mercado da Macaúba!
Em Mato Grosso, esse sistema ganha cada vez mais adeptos. No pasto formado após dois anos de lavoura, sem as árvores, a produtividade variou entre 20 a 24 arrobas por hectare. Já no sistema adaptado às florestas, são produzidas em média 17 arrobas por hectare em 12 meses, proporção equivalente à produtividade obtida somente com a pecuária, desde que conservadas adequadamente as pastagens.
A conclusão foi possível após um ano de avaliação do componente animal na Embrapa, que identifica produtividade média de 4 arrobas por hectare no Estado e de 6 arrobas por hectare no país, por ano. “São resultados importantes e alvissareiros”, avalia o economista e consultor da Associação de Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Amado de Oliveira Filho. A Acrimat é apoiadora do estudo, juntamente com a Associação dos Criadores do Norte de Mato Grosso (Acrinorte). “Os resultados mostram que com uma simples adubação de pastagem a produtividade sobe de 4 para 17 arrobas por hectare”.
Para ele, com os resultados em mãos, o passo seguinte é melhorar o acesso ao crédito, para que os pequenos e médios produtores consigam investir nos sistemas integrados de produção. “Essa parcela de produtores não têm aporte de capital para investir. Eles não têm escala de produção para fazer recuperação de pastagens, adubação. E hoje só a linha de crédito do Programa ABC (Agricultura de Baixo Carbono) não é suficiente”.
De acordo com a Acrimat, em Mato Grosso há 92 mil propriedades ocupadas com rebanho bovino de até 300 cabeças.
Estudo - Para realizar o experimento, foi avaliada área com pasto de Brachiaria brizantha cv Marandu, semeado após dois anos de lavouras de soja na safra e milho consorciado com braquiária na safrinha. Além disso, a área possui a cada 37 metros uma linha de eucalipto. Dessa forma, as árvores proporcionam a ciclagem de nutrientes no sistema e acesso à sombra aos animais da raça Nelore, informa a Embrapa. A avaliação foi feita entre julho de 2015 a julho de 2016. Além da área de ILPF, foram comparados outros tratamentos com pecuária exclusiva, com integração lavoura-pecuária (ILP) e em sistema silvipastoril (IPF), com renques de linhas triplas de eucalipto a cada 30 metros.
Fonte: Só Notícias/Agronotícias/Gazeta Digital | O Nortão
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