O presidente americano, Barack Obama, visitou o Atol Midway, no Monumento Nacional Marinho Papahānaumokuākea - SAUL LOEB / AFP |
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— Estou ansioso para saber se daqui a 20, 40 ou 100 anos, este será um lugar onde as pessoas ainda poderão vir e ver como um local como esse é sem ser superlotado ou destruído por populações humanas — disse Obama.
O atol Midway, visitado pelo presidente, é habitado por menos de 50 pessoas, a maioria funcionários do governo americano, mas com riqueza animal e vegetal inestimável. O recife é conhecido na História por ter sido palco da Batalha de Midway, combate naval decisivo na Segunda Guerra, mas tornou-se causa emblemática para ambientalistas. No coração do Monumento Nacional Marinho Papahānaumokuākea, a ilha é habitat para mais de 7 mil espécies, incluindo o organismo vivo mais antigo do mundo, o coral negro, com idade estimada em 4.625 anos.
Em 2006, o então presidente George W. Bush criou a reserva de Papahānaumokuākea, que, quatro anos depois, foi declarada Patrimônio Mundial da Unesco. Na semana passada, Obama ampliou os limites da reserva, transformando-a na maior do mundo, com mais de 1,5 milhões de quilômetros quadrados, cerca de duas vezes o território do Texas.
A região é conhecida pela batalha naval de Midway, entre americanos e japoneses, considerada decisiva para os rumos da Segunda Guerra Mundial - Carolyn Kaster / AP
A região é conhecida pela batalha naval de Midway, entre americanos e japoneses, considerada decisiva para os rumos da Segunda Guerra Mundial - Carolyn Kaster / AP |
— Existem países que estão correndo riscos agora, e ele terão que se mudar como consequência das mudanças climáticas — disse Obama.
Tartarugas marinhas estiradas na areia da praia foram avistadas por Obama: “inacreditável”, disse ele - SAUL LOEB / AFP
Nascido em Honolulu, no Havaí, Obama recordou da infância ao avistar um grupo de tartarugas marinhas na areia da praia.
— Inacreditável — disse ele. — Quando eu era pequeno, você via essas tartarugas o tempo todo. Mas nunca na praia desse jeito, se aquecendo ao Sol.
Apesar do explendor, os sinais da contaminação humana são vistos neste paraíso distante dos continentes. Ao longo da caminhada, Obama cruzou por pedaços coloridos de plástico trazidos por albatrozes, que ingeriram os resíduos despejados no mar e morreram engasgados pela poluição.
Nos últimos meses à frente da maior potência do mundo, Obama tenta deixar um legado agressivo nas questões ambientais. Ao longo de todo o seu mandato, o presidente trabalhou pela assinatura do acordo climático de Paris. Agora, após a visita à reserva de Papahānaumokuākea, Obama fará sua última viagem presidencial para a Ásia no sábado, começando pela China, numa chance de mostrar sua improvável parceria com o presidente chinês, Xi Jinping, na luta contra o aquecimento global.
— Nenhuma nação, nem mesmo uma tão poderosa como os Estados Unidos, está imune às mudanças climáticas — disse Obama, em coletiva após a visita ao atol. — Eu vi isso pessoalmente no ano passado, no norte do estado do Alasca, onde o mar já está engolindo vilas e destruindo as áreas costeiras. E isso é apenas uma amostra do nosso futuro se o clima continuar mudando mais rápido que os nossos esforços para contê-lo.
Fonte: O Globo, com agências internacionais
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