Aéreas adotam plano contra poluição que pode custar US$ 24 bi
terça-feira, setembro 27, 2016
O setor de aviação está apoiando uma proposta da Organização das Nações Unidas para limitar a poluição dos voos internacionais, embora a medida possa acabar custando às empresas US$ 24 bilhões por ano.
Associações que representam a United Continental Holdings, a Boeing e outras líderes do setor estão pressionando os países a fazerem parte do acordo, o que exigiria que as empresas compensem o aumento de suas emissões financiando iniciativas ambientais. O acordo, que será discutido em Montreal durante 11 dias de negociações a partir de terça-feira, seria o primeiro pacto climático global a ter como alvo um único setor.
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As emissões dos voos internacionais respondem por cerca de 2% do total de gases causadores do efeito estufa, mas foram praticamente deixadas de fora do acordo de Paris sobre mudanças climáticas, no ano passado, porque os representantes temiam que a divisão da responsabilidade pelas rotas globais poderia tirar o acordo como um todo dos trilhos.
A projeção é que as emissões da aviação tripliquem até 2050 e, por isso, as empresas aéreas acreditam que a regulação regional ou global é inevitável. Se a poluição que geram precisar ser controlada, as empresas aéreas prefeririam um único padrão internacional que, segundo elas, seria mais barato e fácil de seguir do que uma série de programas locais.
"Nós reconhecemos que, enquanto setor, geramos um impacto sobre a mudança climática", disse Michael Gill, diretor-executivo do Grupo de Ação do Transporte Aéreo (Atag, na sigla em inglês), que representa empresas aéreas, fabricantes de motores, aeroportos e pilotos. "O setor está disposto a arcar com a própria parte. Nós só queremos arcar com nossa parte da forma mais econômica possível."
O acordo de 15 anos não forçaria as empresas aéreas a reduzirem a poluição. Em vez disso, as empresas compensariam qualquer aumento das emissões após o início do acordo, em 2020, comprando créditos que financiam o desenvolvimento de energias renováveis, a preservação das florestas ou outros esforços ambientais.
As empresas aéreas estimam que o custo anual para todo o setor pode ser de até US$ 23,9 bilhões em 2035, ou de 1,8% da receita projetada.
Se o acordo apoiado pela ONU fracassar, as empresas correrão o risco de enfrentar regras ainda mais dispendiosas caso a Europa e outros lugares estabeleçam planos regionais.
Os ambientalistas também estão pressionando pelo fechamento do acordo em Montreal, dizendo que este é um importante primeiro passo que pode ser melhorado com o tempo. Contudo, eles criticam a proposta atual por depender de participação voluntária nos seis primeiros anos. E afirmam que o baixo custo das compensações ambientais pode ser uma punição leve para as empresas.
"É uma ninharia", disse Bill Hemmings, do grupo ambiental Transport & Environment, com sede em Bruxelas. "Isso tira a obrigação das empresas. Sem medidas de proteção obrigatórias, este plano é uma grande maquiagem ambiental."
Associações que representam a United Continental Holdings, a Boeing e outras líderes do setor estão pressionando os países a fazerem parte do acordo, o que exigiria que as empresas compensem o aumento de suas emissões financiando iniciativas ambientais. O acordo, que será discutido em Montreal durante 11 dias de negociações a partir de terça-feira, seria o primeiro pacto climático global a ter como alvo um único setor.
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As emissões dos voos internacionais respondem por cerca de 2% do total de gases causadores do efeito estufa, mas foram praticamente deixadas de fora do acordo de Paris sobre mudanças climáticas, no ano passado, porque os representantes temiam que a divisão da responsabilidade pelas rotas globais poderia tirar o acordo como um todo dos trilhos.
A projeção é que as emissões da aviação tripliquem até 2050 e, por isso, as empresas aéreas acreditam que a regulação regional ou global é inevitável. Se a poluição que geram precisar ser controlada, as empresas aéreas prefeririam um único padrão internacional que, segundo elas, seria mais barato e fácil de seguir do que uma série de programas locais.
"Nós reconhecemos que, enquanto setor, geramos um impacto sobre a mudança climática", disse Michael Gill, diretor-executivo do Grupo de Ação do Transporte Aéreo (Atag, na sigla em inglês), que representa empresas aéreas, fabricantes de motores, aeroportos e pilotos. "O setor está disposto a arcar com a própria parte. Nós só queremos arcar com nossa parte da forma mais econômica possível."
O acordo de 15 anos não forçaria as empresas aéreas a reduzirem a poluição. Em vez disso, as empresas compensariam qualquer aumento das emissões após o início do acordo, em 2020, comprando créditos que financiam o desenvolvimento de energias renováveis, a preservação das florestas ou outros esforços ambientais.
As empresas aéreas estimam que o custo anual para todo o setor pode ser de até US$ 23,9 bilhões em 2035, ou de 1,8% da receita projetada.
Se o acordo apoiado pela ONU fracassar, as empresas correrão o risco de enfrentar regras ainda mais dispendiosas caso a Europa e outros lugares estabeleçam planos regionais.
Os ambientalistas também estão pressionando pelo fechamento do acordo em Montreal, dizendo que este é um importante primeiro passo que pode ser melhorado com o tempo. Contudo, eles criticam a proposta atual por depender de participação voluntária nos seis primeiros anos. E afirmam que o baixo custo das compensações ambientais pode ser uma punição leve para as empresas.
"É uma ninharia", disse Bill Hemmings, do grupo ambiental Transport & Environment, com sede em Bruxelas. "Isso tira a obrigação das empresas. Sem medidas de proteção obrigatórias, este plano é uma grande maquiagem ambiental."
Fonte: Bloomberg - retirado de Uol
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