Para especialistas, independência de enegia fóssil é caminho sem volta
terça-feira, agosto 30, 2016
Everton Lopes Batista
Sair da dependência de combustíveis fósseis, como o petróleo, para um modelo de geração de energia com fontes totalmente limpas (eólica, solar e biomassa) é um caminho sem volta para o Brasil.
Esse foi o consenso entre especialistas em debate promovido pelo Greenpeace em parceria com a Folha de S.Paulo no dia 23 de agosto, na sede do jornal.
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A organização ambiental projeta esse cenário para até 2050 em estudo lançado durante o evento, que foi mediado pelo repórter especial e colunista Marcelo Leite.
Mas para se chegar lá, dizem os especialistas, é preciso superar um conjunto de desafios, como ampliar os investimentos no setor, criar novas tecnologias, fomentar políticas públicas de incentivo às fontes alternativas (eólica, solar e biomassa) e fazer uma gestão da demanda de energia disponível.
Amilcar Guerreiro, diretor da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), do Ministério de Minas e Energia, avalia que o aumento da urbanização, da expectativa de vida e da renda tem tornado o consumo de energia maior a cada ano, mesmo com as medidas de eficiência energética.
Zerar as emissões de gases causadores do efeito estufa nesse contexto, diz Guerreiro, é possível, mas somente ao custo um investimento bem maior do que o indicado pelo Greenpeace. A organização estimou um gasto de R$ 1,7 trilhão até 2050.
O engenheiro nuclear Ildo Sauer, do Instituto de Energia e Ambiente da USP, diz que já existem os mecanismos para realizar a transição. A viabilidade, no entanto, "depende de tecnologias para aumentar a produtividade dessas fontes."
Guerreiro, da EPE, lembra que apesar de avanços que permitiram aumentar a eficiência das fontes renováveis, a sazonalidade na geração, causada pela dependência de recursos naturais, como os ventos no caso da eólica, ainda é um problema a ser superado.
Para Elbia Gannoum, presidente da Abeeólica (Associação Brasileira de Energia Eólica), o problema pode ser minimizado com a diversificação da matriz, alternando o suprimento de energia entre diferentes fontes, como os ventos e o sol.
"O Brasil é muito rico em recursos naturais para produção de energia, mas temos que fazer a gestão dos recursos da melhor forma possível pra ter a matriz renovável", afirmou Gannoum.
"O Brasil tem imenso potencial eólico e solar, se não der certo aqui não vai dar certo em nenhum outro lugar", disse Tasso Azevedo, coordenador do Sistema de Estimativas de Gases do Efeito Estufa do Brasil (Seeg), ligado ao Observatório do Clima.
Transportes
Hoje, 45% das emissões de gases que causam o efeito estufa são gerados pelo setor dos transportes, segundo Azevedo, do Seeg. No entanto, essa realidade está com os dias contados, diz. "Os veículos do futuro deverão ser movidos por eletricidade de fontes limpas."
Sauer, do IEE, acrescenta que, para isso, é necessário ampliar a rede de metrôs na malha de transportes do país. "A demanda por metrôs no Brasil é imensa e já está consolidada, mas também deve-se pensar em mecanismos para otimizar a gestão", afirma.
Sair da dependência de combustíveis fósseis, como o petróleo, para um modelo de geração de energia com fontes totalmente limpas (eólica, solar e biomassa) é um caminho sem volta para o Brasil.
Esse foi o consenso entre especialistas em debate promovido pelo Greenpeace em parceria com a Folha de S.Paulo no dia 23 de agosto, na sede do jornal.
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A organização ambiental projeta esse cenário para até 2050 em estudo lançado durante o evento, que foi mediado pelo repórter especial e colunista Marcelo Leite.
Mas para se chegar lá, dizem os especialistas, é preciso superar um conjunto de desafios, como ampliar os investimentos no setor, criar novas tecnologias, fomentar políticas públicas de incentivo às fontes alternativas (eólica, solar e biomassa) e fazer uma gestão da demanda de energia disponível.
Amilcar Guerreiro, diretor da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), do Ministério de Minas e Energia, avalia que o aumento da urbanização, da expectativa de vida e da renda tem tornado o consumo de energia maior a cada ano, mesmo com as medidas de eficiência energética.
Zerar as emissões de gases causadores do efeito estufa nesse contexto, diz Guerreiro, é possível, mas somente ao custo um investimento bem maior do que o indicado pelo Greenpeace. A organização estimou um gasto de R$ 1,7 trilhão até 2050.
O engenheiro nuclear Ildo Sauer, do Instituto de Energia e Ambiente da USP, diz que já existem os mecanismos para realizar a transição. A viabilidade, no entanto, "depende de tecnologias para aumentar a produtividade dessas fontes."
Guerreiro, da EPE, lembra que apesar de avanços que permitiram aumentar a eficiência das fontes renováveis, a sazonalidade na geração, causada pela dependência de recursos naturais, como os ventos no caso da eólica, ainda é um problema a ser superado.
Para Elbia Gannoum, presidente da Abeeólica (Associação Brasileira de Energia Eólica), o problema pode ser minimizado com a diversificação da matriz, alternando o suprimento de energia entre diferentes fontes, como os ventos e o sol.
"O Brasil é muito rico em recursos naturais para produção de energia, mas temos que fazer a gestão dos recursos da melhor forma possível pra ter a matriz renovável", afirmou Gannoum.
"O Brasil tem imenso potencial eólico e solar, se não der certo aqui não vai dar certo em nenhum outro lugar", disse Tasso Azevedo, coordenador do Sistema de Estimativas de Gases do Efeito Estufa do Brasil (Seeg), ligado ao Observatório do Clima.
Transportes
Hoje, 45% das emissões de gases que causam o efeito estufa são gerados pelo setor dos transportes, segundo Azevedo, do Seeg. No entanto, essa realidade está com os dias contados, diz. "Os veículos do futuro deverão ser movidos por eletricidade de fontes limpas."
Sauer, do IEE, acrescenta que, para isso, é necessário ampliar a rede de metrôs na malha de transportes do país. "A demanda por metrôs no Brasil é imensa e já está consolidada, mas também deve-se pensar em mecanismos para otimizar a gestão", afirma.
Fonte: Folhapress - Jornal de Piracicaba
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