Um projeto realizado pela Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais (Utramig), em parceria com a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e o Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Idene), está mudando a realidade de moradores do Cerrado em todo o Estado.
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Por meio da instalação de unidades produtivas em diversos municípios na região Norte e da capacitação das comunidades locais para a exploração sustentável de espécies vegetais nativas do Cerrado, o projeto promove desenvolvimento e incremento da renda local, além de trazer impactos positivos na conservação da biodiversidade.
A última unidade produtiva foi recentemente implantada no município de São Francisco e hoje produz trufas, sorvetes e polpas com frutos do Cerrado. Por meio da Associação Comunitária Viver e Servir, a comunidade hoje trabalha com baru, maracujá do mato, umbu, tamarindo e pequi.
O coordenador do projeto na Utramig, Fernando Madeira, ressalta que o projeto envolve 2.680 famílias na região Norte do estado. A Utramig é responsável pela capacitação dos moradores para atuação nas unidades produtivas, a Epamig pelas pesquisas envolvendo os frutos e pelo diagnóstico socioambiental, e o Idene pela implantação e manutenção das agroindústrias. “É um trabalho sustentável, que traz mais renda para estas comunidades e mantém nossas florestas e rios”, destaca.
A agroindústria de são Francisco já tem Alvará de Funcionamento Sanitário Municipal, e agora busca o Alvará Federal, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além de São Francisco, outros nove municípios já receberam as unidades produtivas: Arinos, Bonfinópolis de Minas, Chapada Gaúcha, Januária, Jatobá, Lontra, Mirabela, Montes Claros e Riachinho. Brasília de Minas e Coração de Jesus serão os próximos a receber o projeto.
Hoje, as agroindústrias trabalham, no total, com 300 espécies do Cerrado. Cada unidade tem atividades que apresentam maior potencial local, de acordo com a vegetação presente. Em Mirabela, por exemplo, a unidade realiza o beneficiamento da macaúba, palmeira nativa do Cerrado, cujo óleo é utilizado na fabricação do biodiesel.
“Há seis meses começamos uma parceria com a Petrobras, que compra este óleo. São produzidos 30 mil litros por mês em Mirabela”, comemora Madeira.
Além do óleo, a unidade produtiva local produz, com o resíduo do coco da macaúba, uma ração com alto valor proteico para alimentação de pequenos animais, como galinhas caipiras e suínos, e também sabão em pó, em barra e o sabonete do coco macaúba.
Exportação
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Por meio da instalação de unidades produtivas em diversos municípios na região Norte e da capacitação das comunidades locais para a exploração sustentável de espécies vegetais nativas do Cerrado, o projeto promove desenvolvimento e incremento da renda local, além de trazer impactos positivos na conservação da biodiversidade.
A última unidade produtiva foi recentemente implantada no município de São Francisco e hoje produz trufas, sorvetes e polpas com frutos do Cerrado. Por meio da Associação Comunitária Viver e Servir, a comunidade hoje trabalha com baru, maracujá do mato, umbu, tamarindo e pequi.
Leia tambémUm produto que já está sendo produzido na agroindústria é a barrinha de cereal feita com o baru e o buriti. As polpas de frutas, que por enquanto são o carro-chefe da unidade, estão sendo compradas pelas escolas do município. Já as trufas de chocolate conquistaram o paladar da comunidade local, e não ficam paradas em estoque.
O coordenador do projeto na Utramig, Fernando Madeira, ressalta que o projeto envolve 2.680 famílias na região Norte do estado. A Utramig é responsável pela capacitação dos moradores para atuação nas unidades produtivas, a Epamig pelas pesquisas envolvendo os frutos e pelo diagnóstico socioambiental, e o Idene pela implantação e manutenção das agroindústrias. “É um trabalho sustentável, que traz mais renda para estas comunidades e mantém nossas florestas e rios”, destaca.
A agroindústria de são Francisco já tem Alvará de Funcionamento Sanitário Municipal, e agora busca o Alvará Federal, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além de São Francisco, outros nove municípios já receberam as unidades produtivas: Arinos, Bonfinópolis de Minas, Chapada Gaúcha, Januária, Jatobá, Lontra, Mirabela, Montes Claros e Riachinho. Brasília de Minas e Coração de Jesus serão os próximos a receber o projeto.
Hoje, as agroindústrias trabalham, no total, com 300 espécies do Cerrado. Cada unidade tem atividades que apresentam maior potencial local, de acordo com a vegetação presente. Em Mirabela, por exemplo, a unidade realiza o beneficiamento da macaúba, palmeira nativa do Cerrado, cujo óleo é utilizado na fabricação do biodiesel.
“Há seis meses começamos uma parceria com a Petrobras, que compra este óleo. São produzidos 30 mil litros por mês em Mirabela”, comemora Madeira.
Além do óleo, a unidade produtiva local produz, com o resíduo do coco da macaúba, uma ração com alto valor proteico para alimentação de pequenos animais, como galinhas caipiras e suínos, e também sabão em pó, em barra e o sabonete do coco macaúba.
Exportação
Antes da instalação das unidades produtivas, é realizado um trabalho de diagnóstico e bioprospecção das plantas medicinais e frutos do Cerrado. Em São Francisco, os estudos mostraram o potencial de venda da fava d’anta, árvore que possui a substância rutina, utilizada pela indústria farmacêutica para a produção de medicamentos que melhoram a circulação sanguínea.
“Ocorria o extrativismo da planta de forma inadequada, com degradação do Cerrado e subvalorização do fruto, do qual é retirado o extrato. Mudamos a forma de manejo e capacitamos os extrativistas, para que eles vissem que a extração de forma sustentável renderia muito mais frutos e retorno para a região”, defende Madeira.
O quilo da fava d’anta, antes vendido a R$ 0,10, hoje vale R$ 1,38. A quantidade extraída, por sua vez, aumentou cerca de seis vezes, e a produção é toda vendida para três empresas, sendo uma nacional, uma alemã e outra francesa.
Em São Francisco, o projeto prevê ainda a instalação de um sistema de criação de galinhas caipiras e a recomposição florestal de parte da margem direita do Rio São Francisco. Além disso, já foi implantada e funciona no local uma horta agroecológica, que garante o fornecimento dos legumes e hortaliças para o Pnae.
Fonte: Jornal Diário do Comércio de Minas - retirado de ABRAS
“Ocorria o extrativismo da planta de forma inadequada, com degradação do Cerrado e subvalorização do fruto, do qual é retirado o extrato. Mudamos a forma de manejo e capacitamos os extrativistas, para que eles vissem que a extração de forma sustentável renderia muito mais frutos e retorno para a região”, defende Madeira.
O quilo da fava d’anta, antes vendido a R$ 0,10, hoje vale R$ 1,38. A quantidade extraída, por sua vez, aumentou cerca de seis vezes, e a produção é toda vendida para três empresas, sendo uma nacional, uma alemã e outra francesa.
Em São Francisco, o projeto prevê ainda a instalação de um sistema de criação de galinhas caipiras e a recomposição florestal de parte da margem direita do Rio São Francisco. Além disso, já foi implantada e funciona no local uma horta agroecológica, que garante o fornecimento dos legumes e hortaliças para o Pnae.
Fonte: Jornal Diário do Comércio de Minas - retirado de ABRAS
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