Recordes de temperatura assustam até mesmo os cientistas climáticos
quarta-feira, julho 27, 2016
Chineses se refrescam em frente ao ar condicionado de uma estação de metrô em Hangzhou, onde as temperaturas estão acima dos 40º Celsius - AP |
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O que mais me preocupa é que não antecipamos estes saltos de temperatura — disse David Carlson, diretor do programa de pesquisas climáticas da OMM, em entrevista à Reuters. — Nós previmos aquecimento moderado para 2016, mas nada como as elevações de temperatura que estamos vendo.
De acordo com o pesquisador, as altas temperaturas, principalmente no Hemisfério Norte, nos primeiros seis meses do ano, somadas ao degelo acelerado e antecipado das geleiras do Ártico e às elevações dos níveis de dióxido de carbono na atmosfera, apontam para uma aceleração nas mudanças climáticas.
Existe uma escalada da temperatura, mas eventos extremos como enchentes se tornaram o novo normal — disse Carlson. — As taxas de degelo registradas no primeiro semestre de 2016, por exemplo, nós normalmente não vemos até mais para o fim do ano.
E as elevações nas temperaturas podem ameaçar pessoas, animais e ecossistemas.
Também é crítico o fato de as pessoas sobreviverem ao calor usando mais energia para o resfriamento, esgotando ainda mais os recursos do planeta — disse o pesquisador.
Entretanto, Carlson alerta que as incertezas em torno dos eventos extremos podem ser usadas para negar as mudanças climáticas.
A questão está mudando de “o clima mudou?” para “em quanto?” — disse Carlson. — Estatisticamente nós precisamos nos tornar melhores em prever não apenas a frequência e intensidade desses eventos, mas quanto tempo eles vão durar.
Entretanto, Carlson alerta que as incertezas em torno dos eventos extremos podem ser usadas para negar as mudanças climáticas.
A questão está mudando de “o clima mudou?” para “em quanto?” — disse Carlson. — Estatisticamente nós precisamos nos tornar melhores em prever não apenas a frequência e intensidade desses eventos, mas quanto tempo eles vão durar.
Fonte: O Globo
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