Simpósio debate tecnologias para minimizar gases de efeito estufa
quinta-feira, junho 09, 2016
Presidente da Famasul, Maurício Saito, informou durante seminário que o Estado é sequestrado de gases de efeito estufa. (Foto: Renata Volpe) |
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Segundo o presidente da Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Maurício Saito, o simpósio é uma oportunidade para mostrar para sociedade em geral e não só para o setor produtivo, o resultado de um trabalho realizado pela comunidade científica em relação a emissão de gases de efeito estufa.
"Ao contrário do que se pensa, Mato Grosso do Sul é um grande sequestrador de gases de efeito estufa. Temos aproximadamente 21 milhões de cabeças de gado no Estado e eles emitem esses gases que causam um tipo de problema na camada de ozônio. Mas, com as tecnologias que estão sendo implantadas na propriedades, como o plantio direto e o ILPF (Integração Lavoura, Pecuária e Floresta), faz com que os produtos arbóreos sequestrem esses gás emitido pelos animais", explica.
Ainda conforme Saito, Mato Grosso do Sul é exemplo para outros Estado. "Temos no balanço um superávit em relação a isso, demonstrado e amparado pela comunidade científica, em que o Estado produz com excelência sem prejudicar o meio ambiente".
A abertura do simpósio contou com a presença do presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), João Martins e presidente nacional da Embrapa, Maurício Lopes.
Durante a manhã, um seminário do GTPS (Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável) foi realizado e debatida com dois palestrantes: o presidente do GTPS, Fernando Sampaio e o diretor geral da Agroícone, Rodrigo Lima.
Durante a palestra, Lima explicou que em 2005 o uso da terra era o maior emissor de gás de efeito estufa, sendo que 59% da área brasileira era desmatada. Em 2010, o problema caiu para 15%. "E com a redução do desmatamento, os setores de agropecuária e energia entram como os principais emissões de gases do efeito estufa".
O palestrante apresentou ainda as Ações Brasileiras no Acordo de Paris. "Pensando em pecuária, no acordo, o Brasil precisa zerar desmatamento ilegal até 2030, compensar desmatamento legal, restaurar 12 milhões de hectares de florestal, recuperar 15 milhões de hectares de pastagem, incentivar 5 milhões de hectares para ILPF e implementar o novo código florestal. O Brasil levou para o acordo de Paris essas medidas e disse que vai se comprometer com as ações de baixo carbono", informou.
Pecuária – O presidente do GTPS, Fernando Sampaio, explicou que durante muito tempo a pecuária se expandiu horizontalmente ocupando novas áreas e hoje a zona de produção reduziu.
"Estamos produzindo mais por hectare e a agricultura está crescendo em áreas de pastagem e com isso não perdemos com produção nem exportação, pelo contrário, continuamos aumentado a produtividade. A pecuária é capaz de liberar área de produção agrícola e para acomodar área de restauração prevista na legislação do código florestal".
Ainda conforme Sampaio, exitem 12 milhões de hectares de áreas florestais dentro de propriedades privadas que precisam ser recuperadas e o código florestal protege vegetação dentro de fazendas que representam estoque de carbono grande.
"Temos o desafio de acabar com o desmatamento ilegal, outro desafio é em relação a segurança jurídica e fundiária e estamos debatendo soluções para achar uma maneira de compensar os produtores para esse ativos preservados", finalizou.
O 2º SIGEE acontece no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, de 7 a 9 de junho e é promovido pelo Sistema Famasul e pela Embrapa Gado de Corte, em parceria com diversas instituições públicas e privadas. A finalidade é compartilhar novos conhecimentos sobre a dinâmica de gases de efeito estufa na agropecuária brasileira.
Fonte: Renata Volpe Haddad - Campo Grande News - com adaptações do Portal Macaúba
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