Preço baixo de petróleo e gás de xisto podem ser vilões de meta do clima
quinta-feira, junho 30, 2016
Posto de extração de gás de xisto na Califórnia, Estados Unidos |
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O boom da exploração de gás de xisto (gás natural) e a manutenção de preços baixos do petróleo incentivam o mercado de energia a preterir fontes alternativas, dificultando que os países alcançarem a meta assumida na Cúpula do Clima de Paris de limitar o aquecimento do planeta abaixo de 2°C.
Hoje, o cenário é preocupante. O preço do petróleo chegou ao menor nível em 12 anos (cerca de US$ 30 o barril), e avança nos Estados Unidos e na Europa a exploração de gás de xisto, que usa técnica de extração de combustível do subsolo danosa para o meio ambiente. O Brasil também cogita adotar o modelo. E a expansão do uso do gás provocaria a queda do preço.
Essa equação diminuiria o uso dor carvão, mas também tornaria mais difícil para outras fontes de energia renovável competirem no mercado, explica Keywan Riahi, diretor do programa de energia do IIASA (Instituto Internacional de Análises de Sistemas Aplicados), de Luxemburgo (Áustria). "Do ponto de vista do clima, a redução do uso do carvão é uma coisa boa, mas a redução nas energias renováveis não é", resume.
Os pesquisadores do IIASA fizeram diferentes projeções de valor e constataram que o preço do petróleo e gás influi diretamente nas emissões de carbono até 2050. Quanto mais baixo o preço do barril, maior o poder de anular as ações dos países que se comprometeram com a meta do aquecimento global.
Para os pesquisadores, mais do que considerar se o mundo vai querer adotar fontes alternativas de energia ou não, é preciso pensar nas dificuldades que os preços das fontes tradicionais vão trazer.
"É uma consideração política fundamental que os tomadores de decisão devem ter em mente se realmente estão pensando em implementar políticas climáticas", disse o pesquisador David McCollum ao UOL. "Foi surpreendente para nós ver o quanto o futuro cenário de energia depende da ligação entre os preços do petróleo e do gás."
Fonte: UOL
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