O livro "Diagnóstico do Setor de Florestas Plantadas no Estado de Goiás" traz amplo estudo sobre florestas comerciais produtivas
O diagnóstico aponta que Goiás tem potencial para crescimento do setor de florestas plantadas: extensa área territorial; considerável percentual de áreas degradadas que podem ser recuperadas com plantios florestais; condições de clima e solo favoráveis em várias regiões mas, principalmente, pela demanda por produtos de base florestal (serrarias, construção civil, embalagens entre outros) e expansão do agronegócio, que necessita de plantios florestais para produção de energia.
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Hoje, a produção florestal goiana está especialmente voltada ao setor energético, com plantios utilizados como fonte de energia em processos industriais e na secagem de grãos, em especial plantios de eucalipto. "O município de Rio Verde, por exemplo, se destaca como maior produtor de lenha do Estado e também do País, em razão de demandas do agronegócio", explica a pesquisadora.
Durante muitos anos, a produção extrativista de madeira no Estado de Goiás abasteceu os segmentos de lenha, carvão vegetal e madeira em tora. Entretanto, desde 1990, essa produção tem decaído de forma expressiva, dando lugar a plantios florestais com esta finalidade, o que reduz a pressão (extrativismo) sobre as florestas nativas.
Atualmente, o eucalipto é o gênero mais plantado no estado, com cerca de 121 mil hectares (dados de 2013), sendo responsável por 99,1% da madeira usada com fins energéticos (lenha e carvão vegetal para suprir demandas de caldeiras, secadores de grãos, indústrias de cerâmicas e fornos de mineradoras).
A intenção da publicação é contribuir para um maior embasamento técnico de produtores, empresários, ações de pesquisa/ensino/extensão e, especialmente, para a formulação de políticas públicas de incentivo ao cultivo florestal em Goiás.
Segundo o Chefe-geral da Embrapa Florestas, Edson Tadeu Iede, "a compilação de séries históricas dos principais produtos consumidos permitem entender a dinâmica da produção goiana e também a atual distribuição espacial dos plantios. A publicação também aponta aspectos que precisam ser mais detalhados em novas prospecções, como, por exemplo, informações sobre os plantios de pínus e mogno africano".
"Apesar das condições ambientais favoráveis ao cultivo plantios florestais, essa atividade foi pouco desenvolvida durante anos por causa da distância das principais unidades industriais do setor de base florestal, situadas principalmente nas Regiões Sudeste e Sul", analisa Cristiane. "No entanto, hoje, a Região Centro-Oeste se tornou um eixo estratégico para indústrias de muitos desses ramos e Goiás possui características potenciais para fazer parte desse circuito", finaliza a pesquisadora.
Interessados na publicação podem fazer download do arquivo.
Autores:
- Cristiane Fioravante Reis - Embrapa Florestas
- Alessandra da Cunha de Moraes - Embrapa Arroz e Feijão
- Ailton Vítor Pereira - Embrapa Produtos e Mercado
- Ananda Virgínia de Aguiar - Embrapa Florestas
- Valderês Aparecida de Sousa - Embrapa Florestas
- Heloísa Martins Dorneles Borges - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás
Fonte: Embrapa
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