A Embrapa Florestas participou do 1º Dia de Campo em Sistemas Integrados de Produção Agropecuária (SIPA), que reuniu cerca de 300 pessoas na Fazenda Canguiri, dia 13/11, e foi organizado pela Universidade Federal do Paraná/UFPR.
Em quatro estações de visita, estudantes, pesquisadores, professores, técnicos e produtores rurais conheceram resultados de pesquisas realizadas no local e as potencialidades para uso em propriedades rurais. Os participantes vieram de diversas regiões de todo o Sul do país, com destaque para estudantes dos cursos universitários de Agronomia, Zootecnia, Engenharia Florestal e cursos técnicos agrícolas. O enfoque mostrado foi como a integração entre lavoura-pecuária e floresta é a base para uma agricultura mais sustentável.
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A estação sobre sistema agrossilvipastoril (ILPF) mostrou aos participantes os benefícios da integração, como melhoria da qualidade do solo e conforto térmico ao gado, com consequente aumento na qualidade da pastagem e na produtividade do rebanho. "Mas a parte florestal também exige cuidados", alertou o Analista de Transferência de Tecnologia Emiliano Santarosa, da Embrapa Florestas. "Existem práticas silviculturais que devem ser feitas, como desramas e desbastes. São práticas de manejo essenciais para produção de madeira de qualidade e para aumentar a entrada de luminosidade no sistema, regulando a intensidade de sombreamento e favorecendo o crescimento da pastagem", orientou. Nesta estação, foi dado enfoque à desrama, com orientações sobre como fazer, época adequada e instrumentos utilizados.
Presente ao evento, o Secretário Estadual de Agricultura, Norberto Ortigara, ponderou que uma das grandes premissas da agricultura atual é o uso adequado do solo. "Já foi longe o tempo de práticas que exauriam os recursos naturais, provocando erosão, consumindo fertilidade. A racionalização do uso com atividades agrícolas, pecuárias e silvicultura, permite que a gente tenha a manutenção da capacidade do solo e o preserve para o futuro", afirmou Ortigara. "Precisamos de absoluta consciência de que se não cuidarmos, logo não teremos produção com qualidade", completou.
Para o idealizador do evento, Prof. Anibal Moraes, da UFPR, "a intenção é desenvolver sistemas sustentáveis de acordo com as premissas da FAO, produzindo mais alimento na mesma unidade de área com menos gasto de insumos. Quando pensamos em produzir mais, isso implica em repensar o sistema de produção, integrando elementos, o que permite utilizar melhor aquela unidade de solo". Para Moraes, a capacitação de alunos e técnicos é uma fase bastante importante para este processo, pois permite um olhar mais integrado e sistêmico.
Os participantes avaliaram o evento como fundamental para entender melhor esta forma de trabalhar a propriedade rural. A Gerente de Operações Rurais do BRDE, Carmem Rodrigues Truíte, avalia que, no atual estágio, a Fazenda Canguiri torna-se um importante polo de difusão dos sistemas de integração. "Vim conhecer o que está sendo feito, pois o BRDE tem interesse em financiar este tipo de projeto e saio daqui muito animada com as possibilidades desta tecnologia", explicou Truíte.
O trabalho realizado no local ganha mais importância por estar em uma Área de Proteção Ambiental (APA), com restrições aos tipos de cultivo e manejo e a integração mostrou-se uma alternativa viável para esta área. O Chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Florestas, Vanderley Porfírio-da-Silva, explica que a ILPF preconiza em especial a conservação do solo. "Seu planejamento leva em consideração esta premissa", explica, "e a forma de manejo de seus componentes também tem que ser planejada. Isso faz com que produtores rurais e técnicos extensionistas olhem a propriedade rural como um todo".
Para o estudante Claudio Guilherme de Matos Porto, da Universidade Estadual de Ponta Grossa, "o que está sendo mostrado aqui é o futuro para o produtor rural, é o modelo do futuro da agropecuária e para nós estudantes é sempre importante conhecer estas experiências".
Katia Pichelli (MTb 3594/PR)
Embrapa Florestas
florestas.imprensa@embrapa.br
Telefone: (41) 3675-5638
Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/
Em quatro estações de visita, estudantes, pesquisadores, professores, técnicos e produtores rurais conheceram resultados de pesquisas realizadas no local e as potencialidades para uso em propriedades rurais. Os participantes vieram de diversas regiões de todo o Sul do país, com destaque para estudantes dos cursos universitários de Agronomia, Zootecnia, Engenharia Florestal e cursos técnicos agrícolas. O enfoque mostrado foi como a integração entre lavoura-pecuária e floresta é a base para uma agricultura mais sustentável.
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A estação sobre sistema agrossilvipastoril (ILPF) mostrou aos participantes os benefícios da integração, como melhoria da qualidade do solo e conforto térmico ao gado, com consequente aumento na qualidade da pastagem e na produtividade do rebanho. "Mas a parte florestal também exige cuidados", alertou o Analista de Transferência de Tecnologia Emiliano Santarosa, da Embrapa Florestas. "Existem práticas silviculturais que devem ser feitas, como desramas e desbastes. São práticas de manejo essenciais para produção de madeira de qualidade e para aumentar a entrada de luminosidade no sistema, regulando a intensidade de sombreamento e favorecendo o crescimento da pastagem", orientou. Nesta estação, foi dado enfoque à desrama, com orientações sobre como fazer, época adequada e instrumentos utilizados.
Presente ao evento, o Secretário Estadual de Agricultura, Norberto Ortigara, ponderou que uma das grandes premissas da agricultura atual é o uso adequado do solo. "Já foi longe o tempo de práticas que exauriam os recursos naturais, provocando erosão, consumindo fertilidade. A racionalização do uso com atividades agrícolas, pecuárias e silvicultura, permite que a gente tenha a manutenção da capacidade do solo e o preserve para o futuro", afirmou Ortigara. "Precisamos de absoluta consciência de que se não cuidarmos, logo não teremos produção com qualidade", completou.
Para o idealizador do evento, Prof. Anibal Moraes, da UFPR, "a intenção é desenvolver sistemas sustentáveis de acordo com as premissas da FAO, produzindo mais alimento na mesma unidade de área com menos gasto de insumos. Quando pensamos em produzir mais, isso implica em repensar o sistema de produção, integrando elementos, o que permite utilizar melhor aquela unidade de solo". Para Moraes, a capacitação de alunos e técnicos é uma fase bastante importante para este processo, pois permite um olhar mais integrado e sistêmico.
Os participantes avaliaram o evento como fundamental para entender melhor esta forma de trabalhar a propriedade rural. A Gerente de Operações Rurais do BRDE, Carmem Rodrigues Truíte, avalia que, no atual estágio, a Fazenda Canguiri torna-se um importante polo de difusão dos sistemas de integração. "Vim conhecer o que está sendo feito, pois o BRDE tem interesse em financiar este tipo de projeto e saio daqui muito animada com as possibilidades desta tecnologia", explicou Truíte.
O trabalho realizado no local ganha mais importância por estar em uma Área de Proteção Ambiental (APA), com restrições aos tipos de cultivo e manejo e a integração mostrou-se uma alternativa viável para esta área. O Chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Florestas, Vanderley Porfírio-da-Silva, explica que a ILPF preconiza em especial a conservação do solo. "Seu planejamento leva em consideração esta premissa", explica, "e a forma de manejo de seus componentes também tem que ser planejada. Isso faz com que produtores rurais e técnicos extensionistas olhem a propriedade rural como um todo".
Para o estudante Claudio Guilherme de Matos Porto, da Universidade Estadual de Ponta Grossa, "o que está sendo mostrado aqui é o futuro para o produtor rural, é o modelo do futuro da agropecuária e para nós estudantes é sempre importante conhecer estas experiências".
Katia Pichelli (MTb 3594/PR)
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Fonte: Embrapa
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